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Três meses depois da Copa do Mundo, começam as eliminatórias da Euro 2024

Três meses depois da Copa do Mundo de 2022, conquistada pela Argentina, o futebol de seleções volta à Europa com as eliminatórias para a Eurocopa de 2024, que será disputada na Alemanha.

Por sua condição de anfitriã, a seleção alemã não joga as eliminatórias, mas após o fiasco no Mundial do Catar (eliminação na fase de grupos), começará sua preparação para o torneio continental com dois amistosos: contra Peru, na sexta-feira (24) e Bélgica na próxima terça-feira (28).

As demais potências europeias vão aproveitar esta fase de classificação para iniciar novos processos, algumas delas com caras novas tanto no comando como em campo.

– O retorno da Itália –


A Itália foi a grande ausência da Copa de 2022, mas volta à cena para iniciar a defesa do título de campeã europeia justamente contra a Inglaterra, sua adversária na final de 2021 e que continua em busca de seu primeira conquista continental.

Apesar de não ter levado a equipe ao Mundial, Roberto Mancini continua como treinador, trazendo algumas caras novas para reconstruir a ‘Azzurra’.

A principal novidade é a primeira convocação de Mateo Retegui, atacante de 23 anos nascido na Argentina e que joga no Club Atlético Tigre, onde vem mostrando bom desempenho.

“Há alguns anos diziam que para jogar pela seleção era preciso nascer na Itália, mas o mundo mudou e todas as seleções têm jogadores naturalizados ou procedentes de outros países”, explicou Mancini.

Itália e Inglaterra aparecem como duas candidatas a ficar com as vagas do Grupo C para a Eurocopa, sem esquecer da Ucrânia, que enfrentará os ingleses no domingo.

– Mbappé estreia como capitão –


O técnico da França, Didier Deschamps, precisava de um novo capitão após a aposentadoria do goleiro Hugo Lloris da seleção e optou por dar a braçadeira ao astro do Paris Saint-Germain Kylian Mbappé (24 anos).

“Kylian cumpre todos os requisitos para ter esta responsabilidade extra”, explicou Deschamps após escolher o atacante como novo capitão dos ‘Bleus’, uma decisão que, segundo a imprensa francesa, incomodou outros medalhões da equipe, como o experiente Antoine Griezmann, que estaria inclinado a repensar seu futuro na seleção.

Com as aposentadorias internacionais de Raphaël Varane e Karim Benzema e a longa lista de desfalques por lesão (Pogba, Nkunku, Lucas Hernandez, Kanté, Dembéle e Kimpembe), Deschamps terá que atribuir novas responsabilidades a jogadores até agora secundários em seus primeiros jogos, contra Holanda na sexta-feira e Irlanda na segunda-feira.

Mike Maignan, do Milan, deverá ser o novo goleiro titular, enquanto as novidades da lista são o reserva Brice Samba (Lens), o zagueiro Jean-Claire Todibo (que substitui o lesionado Wesley Fofana) e o volante Khéphren Thuram (Nice), que se junta na lista a seu irmão mais velho Marcus, ambos filhos do ex-lateral-direito Liliam Thuram, campeão do mundo em 1998.

– Nova era para a Espanha –


Com a saída de Luis Enrique após a eliminação nas oitavas de final da Copa do Mundo, o ex-técnico da seleção Sub-21 Luis de La Fuente comanda a Espanha na sexta-feira contra a Noruega, que não poderá contar com o lesionado artilheiro Erling Haaland, e contra a Escócia na próxima terça.

À frente das seleções Sub-21 e olímpica desde 2013, De la Fuente (61 anos) decidiu rejuvenescer a equipe nesta primeira convocação, sem veteranos como Sergio Busquets e Sergio Ramos (ambos aposentados da seleção), Koke e Jordi Alba.

Sem Busquets e Alba, já não restam sobreviventes da equipe que conquistou a Euro de 2012.

As principais novidades da lista são os retornos de Kepa Arrizabalaga, Iago Aspas e Nacho, três jogadores que mão eram chamados por Luis Enrique, apesar de seu bom rendimento.

Os primeiros adversários da Espanha devem ser suas principais ameaças em um grupo que também conta com Chipre e Geórgia. Mas com duas vagas por cada chave, a ‘Roja’ não deve ter maiores dificuldades para estar na Alemanha no ano que vem.

– Cristiano Ronaldo continua com Portugal –


Outra seleção que estreia novo técnico é Portugal, mas ao contrário de De la Fuente, seu compatriota Roberto Martínez optou pela continuidade em sua primeira lista, que inclui o astro Cristiano Ronaldo, apesar de seus 38 anos e de estar jogando na Arábia Saudita, longe dos holofotes do futebol europeu.

“Eu não olho para a idade”, explicou Martínez, que também conta com outros nomes de peso como o goleiro Rui Patrício, o zageiro Pepe (desfalque por lesão) e os meias Bernardo Silva e Bruno Fernandes.

Cristiano, que já é o maior artilheiro entre todas as seleções na história (118 gols), pode bater outro recorde: se entrar em campo contra Liechtenstein na quinta-feira ou contra Luxemburgo no domingo, se tornará o jogador com mais partidas por uma seleção.

Com 196 jogos, o camisa 7 divide atualmente esse recorde com o atacante kuwaitiano Bader Al-Mutawa.

Portugal deve fazer uma transição tranquila da era Fernando Santos (que levou a seleção aos seus dois únicos títulos: a Eurocopa de 2016 e a Liga das Nações de 2019) para a era Roberto Martínez e conseguir uma das vagas do Grupo J, que também conta com Islândia, Eslováquia e Bósnia.

– Novas caras no comando –


Espanha e Portugal não são as únicas seleções do continente que vão estrear treinadores nas eliminatórias da Euro.

Ronald Koeman retorna ao banco da Holanda para substituir o veterano Louis van Gaal, enquanto Fernando Santos trocou a seleção portuguesa pela Polônia e o alemão de origem italiana Domenico Tedesco assume a Bélgica no lugar de Roberto Martínez.

Michael O’Neill também retorna à Irlanda do Norte, equipe que levou até as oitavas de final da Euro 2016.

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Fonte: Folha PE

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