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Jovem que acusa Daniel Alves de estupro rejeita falar com psicóloga contratada por defesa do jogador

A jovem que denunciou o jogador de futebol Dani Alves por estuprá-la na boate Sutton, em Barcelona, no final do ano passado, entrou com um recurso no qual se recusa a ser examinada por psicólogo particular, como foi proposto pela defesa do brasileiro, para determinar se sua versão e seus sintomas “são consistentes com agressão sexual”.

A advogada da vítima, Esther García, interpôs recurso contra a decisão do juiz de permitir a perícia proposta pelo advogado de Alves, Cristóbal Martell, segundo fontes judiciais informadas à EFE. Ele concordou que a jovem fosse examinada por um perito forense independente do Instituto de Medicina Legal e Ciências Forenses e por um psicólogo contratado por Alves. García considera que a exploração realizada pelo legista é suficiente. A Promotoria também recorreu da decisão do chefe do tribunal de Barcelona.

O exame psicológico da vítima, exame essencial nos casos de agressão sexual para determinar se o que a vítima relatou e os sintomas que ela apresenta são compatíveis com ter sofrido um estupro, segue suspenso por enquanto, aguardando o juiz julgar os recursos apresentados. Martell pretende aprofundar sua tese de que a denúncia da vítima sofre de uma “distorção narrativa”, e, não só pediu a perícia da Justiça, como também que o exame psicológico da jovem fosse registrado em vídeo.

Tanto o Ministério Público quanto os representantes da vítima se opuseram à gravação do exame psicológico, considerando “insólito” na esfera criminal, e o juiz de instrução acabou indeferindo-o, recusa que ensejou um recurso da defesa.


 

A investigação do caso de suposta agressão sexual, ocorrida na boate Sutton , em Barcelona, no dia 30 de dezembro do ano passado, segue paralisada, aguardando que a Justiça encerre a discussão sobre a prova pericial, embora as investigações já tenham realizados os procedimentos principais, como depoimentos de testemunhas e análise de evidências biológicas.

A defesa de Alves pode voltar a pedir a qualquer momento a libertação provisória do futebolista, que está em prisão preventiva há dois meses, embora não o tenham feito até o momento. Da investigação do caso, não surgiu nenhum elemento novo para fundamentar o pedido de liberdade.

Um dos principais argumentos no qual a defesa se baseou para justificar que não há risco de fuga no atleta pode ter perdido força: seu casamento com uma espanhola. Há uma semana, a modelo Joana Sanz, sua mulher, anunciou, através das redes sociais, a intenção de se separar do jogador, com quem está casada há oito anos.

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Fonte: Folha PE

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