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Lucas Leiva: entenda o problema cardíaco que obrigou o jogador a se aposentar

O volante do Grêmio Lucas Leiva anunciou nesta sexta-feira (17) sua aposentadoria dos gramados. O jogador de futebol de 36 anos decidiu encerrar sua carreira devido ao diagnóstico de uma fibrose cicatricial no miocárdio. O atleta estava afastado das atividades desde de dezembro de 2022, quando descobriu o problema cardíaco.

Após ficar três meses longe da rotina treinamentos e jogos, Lucas Leiva repetiu uma bateria de exames nas últimas semanas para verificar se havia alguma alteração positiva em seu quadro. Como isso não ocorreu, os médicos recomendaram que ele encerrasse a carreira por conta dos riscos.

Fibroses são como uma espécie de cicatriz firme, rica em colágeno, ficando assim rígidas e resistentes. Elas surgem durante um processo reparativo ou reativo do organismo em decorrência de um trauma local. Mas também podem surgir por conta de uma malformação congênita. Elas podem acometer diversos órgãos do corpo humano, inclusive o coração.

A fibrose cicatricial no miocárdio compromete as células musculares do coração, os chamados miócitos. Estas células são uma parte importante do mecanismo que controla os batimentos cardíacos. Quando o coração é afetado por microlesões e as células envolvidas na cicatrização produzem muito colágeno, forma-se uma fibrose. Esta cicatrização anormal e rígida deixa o tecido cardíaco endurecido, compromete o funcionamento de contração do órgão.

Este problema pode causar doenças cardíacas como alterações no ritmo de batimentos — taquicardias e arritmias —, além da insuficiência cardíaca — condição na qual o coração não consegue bombear sangue suficiente para atender às necessidades do corpo.

No caso de Lucas Leiva, continuar nos gramados poderia levá-lo à morte prematura. O esforço físico intenso aumentaria a fibrose cicatricial do miocárdio, elevando o risco de insuficiência cardíaca e de arritmia, podendo levá-lo a uma morte súbita.

A fibrose cicatricial no miocárdio pode ser causada por doença arterial coronária, doença reumática e miocardite.

O tratamento é feito com remédios chamados de remodeladores do músculo cardíaco, cujo objetivo é ajudar a preservar a função do miocárdio. O paciente passa por acompanhamento médico a cada seis meses e faz exames de imagem para analisar a evolução do quadro.

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Fonte: Folha PE

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