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Apenas com torcida do Náutico, Sport vence nos Aflitos pela Copa do Nordeste

Encerrada a polêmica sobre a presença do público no Clássico dos Clássicos – segundo do ano – deste sábado (4), o jogo foi iniciado apenas com a torcida do Náutico no Estádio dos Aflitos, mas foram os torcedores do Sport que comemoraram o resultado de 2 a 0, com gols marcados por Fabinho e Luciano Juba. O duelo foi válido pela sexta rodada da Copa do Nordeste de 2023.

O primeiro lance de perigo do jogo aconteceu antes mesmo dos cinco minutos. Labandeira cruzou a bola e mandou para Luciano Juba, que de fora da área mandou forte e por pouco não abriu o placar. O Timbu também teve seu momento de protagonismo, com Júlio chutando forte da primeira área, mas tendo o lance travado pelo goleiro Renan, do Sport. 

A última chance de abrir o placar ainda no primeiro tempo, veio com Jorginho, em meio aos quatro minutos de acréscimos. Sozinho na pequena área, essa foi mais uma oportunidade perdida.

No primeiro tempo, o Leão teve nove chances a gol, enquanto os mandantes tiveram apenas quatro. A atuação do goleiro alvirrubro Vágner foi o destaque do clássico na primeira etapa.

Buscando fazer valer a vantagem do mando de campo, o Náutico foi o único que retornou ao gramado com substituições. O treinador Dado Cavalcanti tirou Júlio do ataque, e adicionou Jael. 

Porém, foi Vágner Love que assustou. O atacante rubro-negro driblou três adversários sem dificuldade. mas não conseguiu abrir o placar, com a bola indo direto para a linha de fundo. 

E o susto continuou. Antes dos 20 minutos, Fabinho avançou e, com um gol de cabeça, balançou as redes de Vágner, cravando o resultado da partida.

Dado Cavalcanti continuou apostando em mexidas, mas sem efeito no placar. Matheus Carvalho assumiu a vaga de Kayon; Gabriel Santiago a de Jean Mangabeira; e Edinho a de Labandeira. Ele também optou por tirar Paul Villero após receber cartão amarelo. O jovem Richarles foi quem entrou. 

Instantes depois, Jorginho cruzou e Paulo Miranda, em chute rasteiro, colocou a bola para dentro da rede, marcando assim um gol contra. O lance, no entanto, foi anulado por impedimento de Jorginho. 

Os sete minutos de acréscimos na etapa complementar foram suficientes para Luciano Juba ampliar a vantagem do Sport, que agora comemora sua quarta vitória consecutiva.


 

Vai pra súmula

Na desvantagem de 1 a 0 no placar, torcedores do Náutico arremessaram copos e tênis no gramado, para atingir um dos atletas do Sport que iria cobrar escanteio. O árbitro afastou os jogadores do local e policiais do Batalhão de Choque usaram escudos de proteção para impedir os ataques. O árbitro Caio Max Augusto Vieira (RN) sinalizou que levará à súmula.

Torcida no clássico: uma novela de muitos capítulos

Horas antes da partida ser iniciada nos Aflitos neste sábado, a presença ou não da torcida nas arquibancadas ainda era marcada por indefinição. 

No início da tarde, o Sport informou, através de uma nota, que havia solicitado, em petição ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), que a partida acontecesse de portões fechados, para evitar “um desequilíbrio técnico”.

Enquanto isso, o Náutico garantiu que não recebeu a intimação do STJD por e-mail, autorizando a venda para o setor visitante, e que “não havia mais tempo hábil” para contratar mais profissionais de segurança e ajustar as catracas, por exemplo.

O Superior acatou o pedido do Leão e determinou que a partida aconteceria sem público. Neste mesmo intervalo, a Secretaria de Defesa Social (SDS) do Governo de Pernambuco ordenou que o jogo acontecesse apenas com a torcida alvirrubra.

A situação só chegou a ser resolvida quando os dois departamentos jurídicos se uniram em um novo documento enviado ao Superior, e pediram para que o jogo acontecesse em formato de torcida única, suspendendo a decisão tomada há pouco pelo órgão. Na medida assinada em conjunto, os clubes recifenses citaram que, apesar do pedido, entendem que “as imposições do Governo de Pernambuco são ilegais e desrespeitam os princípios norteadores do Direito”. Também foi citada uma “absurda alegação de prisão dos dirigentes esportivos”. 


 

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Fonte: Folha PE

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