- Author, Kathryn Armstrong
- Role, BBC News
Mais de 40 pessoas, incluindo um bebê, morreram depois que um barco que carregava migrantes afundou no mar agitado do sul da Itália.
A embarcação teria se partido ao tentar atracar com mais de 100 pessoas a bordo perto da cidade costeira de Crotone, na região da Calábria.
Muitos corpos foram recuperados da praia em um resort à beira-mar próximo. Sobreviventes também foram resgatados.
Um grande número de pessoas fugindo de conflitos e da pobreza faz a travessia da África para a Itália todos os anos.
Não está claro de onde este barco veio, mas a agência de notícias Adnkronos informou que as pessoas a bordo eram do Irã, Afeganistão e Paquistão.
O navio afundou depois de bater contra rochas durante o mau tempo, disse a agência de notícias.
As autoridades italianas montaram uma grande operação de busca e resgate em terra e no mar.
O número de mortos “ultrapassou 30”, disse Danilo Maida, porta-voz dos bombeiros na Calábria.
“Vários mortos são relatados entre os migrantes, (e) cerca de 40 sobreviventes”, escreveu o departamento nacional de bombeiros no aplicativo de mensagens Telegram.
“Houve desembarques, mas nunca uma tragédia como esta”, disse o prefeito de Cruto, Antonio Ceraso, ao Rai News.
A primeira-ministra italiana Giorgia Meloni – eleita no ano passado em parte com a promessa de conter o fluxo de migrantes para a Itália – expressou “profunda tristeza” pelo incidente, culpando os traficantes pelas mortes.
“É desumano trocar a vida de homens, mulheres e crianças pelo preço da ‘passagem’ que pagaram na falsa perspectiva de uma viagem segura”, disse ela em comunicado.
“O governo está empenhado em impedir as saídas e, com elas, o desenrolar dessas tragédias, e continuará a fazê-lo.”
O governo de direita de Meloni prometeu impedir que os migrantes cheguem à costa da Itália e, nos últimos dias, aprovou uma nova lei que torna mais rígidas as regras para resgates.
De acordo com grupos de monitoramento, mais de 20.000 pessoas morreram ou desapareceram na região central do mar Mediterrâneo desde 2014.
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