O Tribunal de Barcelona convocou uma audiência na manhã desta quinta-feira para ouvir os argumentos do Ministério Público, da defesa de Daniel Alves e da acusação contra o ex-jogador, acusado de estuprar uma mulher na boate Sutton em dezembro do ano passado, e decidir se mantém o brasileiro na prisão durante o julgamento.
A audiência começou às 10h da manhã e está ocorrendo na terceira seção do Tribunal. A decisão final se Daniel Alves permanece em prisão preventiva, fica em liberdade enquanto a denúncia de estupro é investigada e se o caso será encaminhada a julgamento dependerá desta sessão, que vai ouvir as duas partes hoje.
No fim do mês passado, o advogado de Daniel Alves já havia apresentado ao tribunal um recurso para o jogador não ficar preso enquanto o caso estava sendo julgado. Dentre os argumentos que foram utilizados, tinha uma longa carta escrita por Daniel Alves, que garantia aos magistrados que ele não fugiria de Barcelona.
Cristóbal Martell também solicitou o uso da pulseira eletrônica, o que asseguraria que o lateral-direito não iria fazer movimentações que envolvam passaportes ou dinheiro. A juiza do caso, no entanto, considerou que há provas suficientes para sustentar a versão da vítima e recusou o pedido do advogado de Daniel Alves.
Daniel Alves está preso desde 20 de janeiro em Barcelona, e entre as provas que pesam contra o jogador, há o resultado de um teste de DNA que comprova sêmen do atleta na roupa da vítima, além de impressões digitais no banheiro do local. O lateral também já contou quatro versões diferentes dos eventos que aconteceram na noite, en quanto a vítima manteve a mesma versão dos acontecimentos.
Uma câmera de segurança da boate Sutton também flagrou Daniel Alves ignorando a mulher que o acusa de estupro ao sair da boate, segundo o jornal El Periódico. As imagens também confirmam o depoimento do gerente que, no início do mês, garantiu que o jogador deixava a casa noturna quando passou por ele que, naquele instante, tentava acalmar a jovem de 23 anos.
As imagens que foram capturadas são de instantes posteriores a suposta agressão sexual e podem desempenhar um papel importante no processo judicial. Na filmagem é possível perceber que Daniel Alves passa entre 15 e 16 minutos sem aparecer nas câmeras, já que estava dentro de um banheiro.
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Fonte: Folha PE