Aniversário de Olinda terá missa e recital poético
Marim dos Caetés completa 487 anos neste sábado
Publicado por: Redação Secom, em: 11/03/22 às 11:25
Foto: PMO.
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Olinda completa 487 anos neste sábado (12.03) e uma programação especial foi pensada para marcar a data. Por conta da pandemia da Covid-19, a programação comemorativa será um pouco diferente para garantir a saúde e a segurança das pessoas e homenagear a cidade Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade.
Às 8h30h, o prefeito de Olinda, Professor Lupércio, participa da Missa em Ação de Graças na Catedral Metropolitana do Santíssimo Salvador – Sé de Olinda – com homenagens à Guarda Municipal de Olinda, a tapioqueira mais antiga, Sra Zeinha e o professor e Historiador George Cabral. Às 9h30, o prefeito recebe os convidados para um coffee break no Palácio dos Governadores, que vai contar com orquestra de frevo e bonecos gigantes.
Às 10h30 será o momento do Recital Poético em homenagem à cidade. Às 11h30 está programado o corte simbólico do bolo. As comemorações terminam às 12h30 com apresentação de orquestra de frevo. Todos esses eventos também serão na sede da administração municipal.
HISTÓRIA
Em 1534, a Coroa portuguesa instituiu o regime de Capitanias Hereditárias. A Capitania de Pernambuco foi entregue ao fidalgo português Duarte Coelho, que tomou posse de sua capitania desembarcando, em 9 de março de 1535, na feitoria fundada em 1516, entre Pernambuco e Itamaracá. Pouco tempo depois, ele seguiu para o sul em busca de um lugar para se instalar. Encontrou um local estrategicamente ideal, no alto de colinas, onde existia uma pequena aldeia chamada Marim, pelos índios, instalando aí o povoado que deu origem a Olinda.
Um sítio protegido pela altura descortinando o mar, com um porto natural formado pelos arrecifes, água em abundância e terras férteis, e fácil de defender, segundo os padrões militares da época. O local era tão aprazível, que, conta-se, o nome Olinda foi dado a partir de uma frase dita por Duarte Coelho: “Ó linda situação para se construir uma vila”. Não se sabe o dia da fundação de Olinda; sabe-se que o povoado prosperou tanto, que em 1537, já estava elevado à categoria de vila. Em 12 de março de 1537, Duarte Coelho enviou ao rei de Portugal, D.João III, o Foral, carta de doação que descrevia todos os lugares e benfeitorias existentes na Vila de Olinda. Nas praias, a vila foi fortificada para a defesa e do alto das colinas se expandiu em direção ao mar, ao porto e ao interior onde ficavam os engenhos de açúcar.
Em 16 de fevereiro de 1630, a Holanda invadiu Olinda e conquistou Pernambuco. Tomada a cidade, se estabeleceram no povoado e ilhas junto ao porto e abandonaram a cidade. Em 24 de novembro de 1631, os holandeses incendiaram Olinda após retirar os materiais nobres das edificações para construir suas casas no Recife, que começa a prosperar sob a administração holandesa. Em 27 de janeiro de 1654, os holandeses foram expulsos e iniciou-se a lenta reconstrução da Vila de Olinda.
Olinda é a mais antiga entre as cidades brasileiras declaradas Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade pela UNESCO, e foi o segundo centro histórico do país a receber tal título, em 1982, após Ouro Preto (MG). Seu casario e igrejas são visitados por milhares de turistas do Brasil e exterior todos os anos. Icônico também é seu Carnaval, com diversos blocos colorindo as seculares ladeiras. A cidade tem uma população estimada de 393.734, segundo o IBGE e um território de 41.300 km².