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Clássico das Emoções digno do nome: Santa Cruz e Náutico empatam em 3×3 pelo Pernambucano

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Quando alguém perguntar por qual motivo o duelo entre Santa Cruz e Náutico é conhecido como o “Clássico das Emoções”, o jogo deste domingo (15) poderá servir de exemplo para confirmar que o apelido foi bem dado. No Arruda, pelo Campeonato Pernambucano, Tricolor e Timbu protagonizaram um confronto tenso já nos minutos iniciais. Teve provocação, golaços, falhas e um empate em 3×3 que manteve a igualdade no primeiro “derby” de 2023 no estado. 

Primeiro tempo agitado

Escalado para o lugar de Alemão, vetado por conta de dores na coxa, o zagueiro Yan Oliveira ganhou não somente uma vaga no time do Santa Cruz como também foi o responsável por fazer a alegria da torcida coral já aos cinco minutos. Subindo livre de marcação, ele acertou uma cabeçada forte, sem chances para Vagner.

O clássico pegou fogo antes mesmo dos 20 minutos. Primeiro, com Júlio. Após erro na saída de bola do Santa, Souza lançou para Matheus Carvalho, que ajeitou para o camisa 9 estufar as redes. Na comemoração, o prata da casa do Náutico provocou a torcida coral e recebeu amarelo. Cinco minutos depois, o Santa retomou a vantagem. Anderson Ceará fez ótima jogada e chutou cruzado. A bola acertou a trave, mas voltou nas pernas de Vagner e Anilson. Erro que gerou o 2×1.

A cada contra-ataque, as torcidas de cada lado se dividiram entre a euforia e o desespero. Júlio, de novo , dominou com estilo na área e chutou firme para fazer o segundo dele no Arruda, empatando o duelo. Mas por pouco tempo. Aos 42, Arthur mostrou persistência para tentar duas vezes até finalizar na área e levar o 3×2 para o intervalo. Cinco gols no primeiro tempo do Clássico das Emoções.

Um detalhe sobre os números da etapa inicial: Santa Cruz e Náutico tiveram o mesmo número de finalizações (oito). A diferença é que o Tricolor teve três ao gol – todas terminando em bola na rede. O Timbu teve seis, mas só venceu o goleiro Matheus Inácio em duas.

Emoções sem fim

O tempo mudou, os lados em que os times atacavam também. O que não alterou foi a gangorra de sensações no Arruda. Agora, com a balança colocando o Náutico acima. Anilson, que já havia falhado em gol contra e quase feito outro, em bola no travessão, arriscou de muito longe e acertou o canto. A festa passou a ser vermelha e branca novamente com o 3×3.

Aos 13, Lucas Silva, de frente à meta, teve a chance de marcar o quarto, mas a bola tirou tinta da trave e saiu. Essa é só uma amostra de que, além dos lances que terminaram em gol, o clássico também teve diversas oportunidades desperdiçadas dos dois times. 

E Hugo Cabral? O atacante coral que provocou os alvirrubros na véspera do jogo, com declarações de cunho homofóbico, teve atuação apagada e saiu vaiado pela torcida. Lucas Silva produziu mais do que o camisa 11, em cabeçada que obrigou Vagner a fazer ótima defesa. 

No fim, um empate para marcar a história de grandes Clássicos das Emoções em Pernambuco.

Déjà vu no Arruda

O resultado de 3×3 no Arruda foi o mesmo que ocorreu em 2011, em outro Clássico das Emoções pelo Campeonato Pernambucano. Naquele caso,  porém, foi o Timbu quem abriu o placar, sofreu a virada, fez 3×2 e, no fim, viu o Santa igualar o marcador. 

Ficha técnica

Santa Cruz 3

Matheus Inácio; Jefferson Feijão, Ítalo Melo, Yan Oliveira e Ian Rodriguez; Daniel Pereira (Anderson Paulista), Arthur e Anderson Ceará (Marcelinho); Lucas Silva (Gabriel Popó), Hugo Cabral (Gabriel Cardoso) e Dagson (Dayvid). Técnico: Ranielle Ribeiro.

Náutico 3

Vagner; Victor Ferraz, Anilson, Denilson e Diego Matos; Mateus Cocão (Nathan), Jean Mangabeira, Souza (Luis Felipe) e Matheus Carvalho (Fernando Neto); Júlio (Diego Ferreira) e Paul Villero (Kayon). Técnico: Dado Cavalcanti

Local: Arruda (Recife/PE)


Árbitro: Rodrigo Jose Pereira de Lima. Assistentes: Ricardo Bezerra Chianca e Wagner Cabral Miranda


Gols: Yan Oliveira (aos 5 do 1ºT), Júlio (aos 14 e 36 do 1ºT), Anilson (contra, aos 19 do 1ºT, e a favor, aos 7 do 2ºT), Arthur (aos 42 do 1ºT)


Cartões amarelos: Julio, Diego Matos, Fernando Neto (N); Jefferson Feijão


Público: 15.389 torcedores


Renda: R$ 300.045,00

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Fonte: Folha PE

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