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A vencedora do Prêmio Nobel Crowfoot Hodgkin (1910-1994) usou seu interesse em mosaicos bizantinos em pesquisas na área bioquímica

No final dos anos 1920, um jovem de classe média conhecido como Ritty passava a maior parte do tempo mexendo no seu “laboratório”, na casa dos pais em Rockaway, Nova York, nos Estados Unidos.

O laboratório era uma velha caixa de madeira, equipada com prateleiras que continham uma bateria e um circuito elétrico com lâmpadas, chaves e resistores. Uma das suas invenções mais notáveis era um alarme doméstico contra intrusos que o alertava sempre que seus pais entrassem no seu quarto.

Ele também usava um microscópio para estudar o mundo natural e, às vezes, levava seu conjunto de química para a rua, para fazer truques para as outras crianças.

Mas o registro escolar de Ritty no ensino fundamental era comum. Ele tinha dificuldades com literatura e línguas estrangeiras. E, em um teste de QI quando criança, a pontuação ele teria sido de cerca de 125, que é acima da média, mas longe do espectro dos gênios.

Na adolescência, Ritty demonstrou talento para a matemática e começou a estudar sozinho com livros elementares. E, no final do ensino médio, ele conseguiu o primeiro lugar no concurso anual de matemática do Estado.

Ritty é parte da história da Ciência. Ele tornou-se o físico Richard Feynman (1918-1988), vencedor do Prêmio Nobel em 1965. Sua teoria da eletrodinâmica quântica revolucionou o estudo das partículas subatômicas.

Outros cientistas consideravam o funcionamento da mente de Feynman algo impenetrável. Para os colegas, ele parecia ter um talento quase sobrenatural, que levou o matemático polonês-americano Mark Kac a declarar, em sua autobiografia, que Feynman não era apenas um gênio comum, mas “um mágico do mais alto calibre”.

A psicologia moderna pode nos ajudar a decodificar essa magia e compreender, de forma mais geral, o que torna uma pessoa um gênio?

A simples definição do termo já é uma dor de cabeça. Não existem critérios claros e objetivos. Mas a maior parte das definições identifica que o gênio tem realizações excepcionais em pelo menos um domínio, com originalidade e talento que são reconhecidos por outros especialistas na mesma disciplina e podem impulsionar muitos outros avanços.

Identificar a origem da genialidade e as melhores formas de cultivá-la é uma tarefa ainda mais difícil. Ela seria produto de uma alta inteligência geral? Curiosidade sem limites? Coragem e determinação? Ou é a combinação fortuita de felizes circunstâncias que são impossíveis de se recriar artificialmente?

Pesquisar a vida de indivíduos excepcionais, incluindo ganhadores do Prêmio Nobel, como Richard Feynman, pode oferecer algumas indicações.

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William Shockley foi um inventor americano que ganhou o Nobel de Física.

Os Cupins

Vamos começar com os Estudos Genéticos da Genialidade, um projeto extremamente ambicioso liderado pelo psicólogo Lewis Terman, da Faculdade de Educação de Stanford, nos Estados Unidos, no início do século 20.

Terman foi um dos pioneiros do teste de QI, ao traduzir e adaptar uma avaliação francesa da aptidão acadêmica das crianças, desenvolvida no final do século 19.

As questões examinavam uma série de capacidades diferentes, como vocabulário, matemática e raciocínio lógico. Juntas, considerava-se que elas representassem a capacidade de aprendizado e pensamento abstrato de uma pessoa.

Terman criou tabelas das avaliações médias para cada idade. Ele podia então comparar os resultados de qualquer criança com essa tabela e, assim, identificar sua idade mental. A avaliação de QI era calculada dividindo-se a idade mental pela idade cronológica, multiplicando essa relação por 100.

Uma criança com 10 anos de idade que tivesse a mesma avaliação média das crianças de 15 anos, por exemplo, teria QI 150. Uma criança de 10 anos que raciocinasse como outra de nove teria QI 90.

Os gráficos de avaliações de QI pareciam formar uma “distribuição normal”, na forma de sino centralizado na avaliação média de 100 pontos. Isso significava que a quantidade de pessoas acima e abaixo da média era a mesma e os QIs nas extremidades eram incrivelmente raros.

“Não há nada sobre um indivíduo que seja tão importante quanto o QI”, declarou Terman em um artigo sobre o assunto, prevendo que a avaliação de uma criança seria o prenúncio de suas realizações no transcurso da vida.

No início dos anos 1920, Terman começou a examinar crianças da Califórnia, nos Estados Unidos, em busca de estudantes com QI de pelo menos 140, que ele considerava o limite dos gênios. Mais de mil crianças atingiram esse nível. Terman e seus colegas as estudariam pelas sete décadas seguintes.

Muitos desses “Cupins”, como foram afetuosamente chamados, tiveram carreiras de sucesso. A romancista e correspondente de guerra Shelley Smith Mydans foi uma delas. Outro foi Jess Oppenheimer, produtor e roteirista que ficou famoso pelo seu trabalho com a comediante americana Lucille Ball. Ela o chamava de “o cérebro” por trás da sua consagrada série de TV I Love Lucy.

Quando Terman morreu, no final dos anos 1950, mais de 30 participantes do estudo haviam sido incluídos no livro Who’s Who in America (“Quem é quem na América”, em tradução livre), que relaciona pessoas influentes nos Estados Unidos, e quase 80 haviam sido reconhecidos em um livro de referência que destaca os mais importantes cientistas norte-americanos, chamado American Men of Science (“Homens de ciência americanos”, em tradução livre – e mulheres podiam ser incluídas no livro, embora o título omitisse esse fato até os anos 1970).

Mas, quando se observa cuidadosamente os dados, as estatísticas não sugerem que pessoas com alto QI são mesmo destinadas a realizar grandes feitos.

É importante controlar fatores que podem causar confusão, como as circunstâncias socioeconômicas das famílias dos Cupins. Crianças com pais que receberam educação e têm mais recursos em casa tendem a ter melhores avaliações nos testes de QI e, por sua vez, esse privilégio facilita que elas tenham sucesso na vida.

Considerando todos esses fatores, os Cupins não tiveram resultados muito mais relevantes do que outras crianças com antecedentes similares.

Outros estudos observaram as diferenças de QI no grupo de Terman para verificar se os estudantes com avaliação mais alta eram proporcionalmente mais propensos a ter sucesso do que aqueles que passaram “raspando”. Não eram.

Quando o psicólogo americano David Henry Feldman examinou as medidas de distinção profissional, como um advogado que se tornou um juiz ou um arquiteto que ganhou um prêmio de prestígio, as pessoas com QI de mais de 180 foram apenas um pouco mais bem sucedidas que aquelas com 30 ou 40 pontos a menos.

“QI alto não parece indicar ‘gênio’ no sentido geralmente compreendido da palavra”, concluiu ele.

E é revelador observar que o estudo inicial de Terman rejeitou dois meninos da Califórnia — William Shockley e Luis Walter Alvarez — que ganharam o Prêmio Nobel de Física, enquanto nenhuma das crianças que conseguiram a avaliação mínima recebeu essa premiação.

Criado em Nova York, Richard Feynman nunca teria tido a oportunidade de participar dos Estudos Genéticos da Genialidade, que aconteceram na Califórnia. Mas, mesmo se ele tivesse vivido perto de Stanford, onde morava Terman, seu suposto QI 125 teria feito com que ele também não se qualificasse.

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Maya Angelou foi poeta, jornalista, atriz, cineasta, bailarina e ativista dos direitos civis

Mente multifacetada

As histórias de vida dos Cupins não devem prejudicar a utilidade do QI como ferramenta científica. Os testes de QI estão longe da perfeição, mas sabemos que eles estão correlacionados a realizações educacionais e à renda da população.

Eles certamente ajudarão as pessoas a compreender conceitos abstratos que são importantes em muitas disciplinas, particularmente em matemática, ciências, engenharia ou filosofia. Mas, quando o assunto é prever as realizações extraordinárias que podem ser consideradas geniais, parece que eles são apenas uma pequena parte do quadro.

Considere a capacidade de pensar com originalidade e contribuir com algo de valor para a sua disciplina — um critério fundamental para avaliação de um gênio.

Os testes de inteligência envolvem tipicamente questões que examinam o raciocínio verbal e não verbal, frequentemente com apenas uma resposta certa. Eles não parecem capturar elementos importantes da criatividade, como o pensamento divergente, que é a capacidade de gerar novas ideias.

Para medir as realizações criativas de forma geral, os psicólogos desenvolveram questionários detalhados que perguntam às pessoas a frequência com que elas se dedicam a diversas atividades criativas, como escrever textos literários, compor música, projetar edifícios ou propor teorias científicas.

Fundamentalmente, pede-se às pessoas que descrevam o reconhecimento por esses projetos — se, por exemplo, o seu trabalho já recebeu algum prêmio e se mereceu cobertura da imprensa. Milhares de pessoas já preencheram esses questionários para diversos estudos e todos eles demonstram que o QI apresenta correlação apenas modesta com os resultados dos participantes nestas avaliações.

Considerando estas descobertas, parece provável que a inteligência seja uma condição necessária para grandes feitos criativos — mas, sozinha, ela não é suficiente.

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Muito além da inteligência — uma série de fatores psicológicos contribui para atingir percepções e conquistas criativas

O que mais é necessário?

Se você tiver QI mais alto, pode ser mais provável que tenha percepções criativas. Mas a sua inteligência acima da média deve ser combinada com uma série de outras características para que surja algo verdadeiramente original que se destaque.

Isso ajudaria a explicar por que a ampla maioria dos Cupins não marcou a história da forma que havia sido prevista. Apesar da sua inteligência acima da média, eles simplesmente não tinham as outras qualidades necessárias para os gênios.

Ainda estamos evoluindo nossa compreensão de quais podem ser essas outras características essenciais, mas a curiosidade é uma candidata importante. A curiosidade pode ser medida por meio de questionários que examinam o quanto as pessoas gostam de explorar novas ideias e tentar experiências diferentes. Elas parecem ser mais criativas em tarefas de brainstorm em laboratório e nas suas vidas pessoais.

A importância da curiosidade para os gênios criativos pode também ser observada em estudos de caso de figuras importantes. Embora nem sempre seja possível conseguir com que essas pessoas preencham seus questionários de personalidade, os pesquisadores pediram a seus biógrafos, familiares com os detalhes das suas vidas, que preenchessem em nome deles.

A tendência dos biógrafos foi de atribuir avaliações acima da média em características relacionadas à exploração e interesse intelectual.

O músico de jazz do século 20 John Coltrane, por exemplo, era profundamente fascinado pela fé religiosa. Ele estudou o Cristianismo, o Budismo, o Hinduísmo e o Islamismo. Grande parte dessa influência pode ser percebida na sua música.

Por que a curiosidade levaria alguém a tornar-se um gênio? A sede de conhecimento certamente motivará você a forçar seus limites dentro da sua própria disciplina, enquanto outras pessoas, com menos necessidade de saber mais, podem simplesmente desistir.

A curiosidade pode também incentivar alguém a ampliar seus horizontes além da sua especialidade, o que parece trazer seus próprios benefícios.

Os cientistas ganhadores do Prêmio Nobel, por exemplo, costumam ter três vezes mais hobbies pessoais do que a média das pessoas e são particularmente dispostos a dedicar-se a tarefas criativas, como música, pintura ou poesia. Esses passatempos podem treinar o cérebro para gerar e refinar ideias, alimentando mais percepções originais na disciplina principal do cientista.

E sair em busca de diversos interesses pode também gerar uma acidental “polinização cruzada” de ideias. A química Dorothy Crowfoot Hodgkin, por exemplo, ganhou um Prêmio Nobel pelos seus avanços na cristalografia de raio X, que permitiu a ela descobrir a estrutura de substâncias bioquímicas, como a penicilina e a vitamina B12.

Mas, desde a adolescência, ela tinha intenso interesse por mosaicos bizantinos. Seu conhecimento da sua simetria e geometria aparentemente a ajudou a compreender como padrões repetidos de moléculas poderiam ser dispostos em cristais, o que foi determinante para suas pesquisas científicas.

Como diz Waqas Ahmed, autor do livro O Polímata – Revelando o Poder da Versatilidade Humana (Ed. Qualitymark, 2022): “para prestar contribuições inovadoras a qualquer campo de atividade, você precisa observar aquele campo através da lente mais ampla e buscar o máximo de fontes de inspiração possível”. A maestria em diferentes campos treina você a observar os problemas de diversos pontos de vista, o que aumenta a possibilidade de ter percepções originais.

Ahmed indica a poetisa, jornalista, escritora, cineasta e ativista dos direitos civis Maya Angelou, que também trabalhou como cantora e dançarina, como um exemplo moderno de polímata. Seus diversos interesses ofereceram muito mais que a soma das suas partes e, juntos, alimentaram sua assombrosa criatividade.

A vida de Richard Feynman certamente se encaixa nessas tendências. Pense em todo o tempo que ele passou na infância mexendo no seu laboratório, dedicando-se a projetos diferentes em diversas disciplinas.

Quando adulto, ele aprendeu a desenhar, tocar bongô, falar português e japonês, ler hieróglifos e chegou até a embarcar em um projeto paralelo no campo da genética.

Um dia, no café da universidade, ele observou por acaso um homem atirando pratos e os pegando de volta. Ele reparou que os pratos oscilavam enquanto se moviam e começou a rascunhar equações para descrever aquele movimento.

Logo ele percebeu que havia paralelos com a atividade dos elétrons em órbita em volta do átomo — e essa percepção levou ao seu trabalho ganhador do Prêmio Nobel sobre eletrodinâmica quântica.

Deste exemplo científico isolado, pode-se concluir facilmente que a inteligência combinada com a curiosidade seria a fórmula da genialidade. Mas é claro que isso também não é verdade e que existem muito mais peças neste quebra-cabeça.

Existe, por exemplo, a determinação — a busca persistente das suas paixões, mesmo quando surgem dificuldades.

Qualquer gênio, em qualquer disciplina, deve primeiro dominar uma enorme quantidade de conhecimento e técnicas antes de poder fazer suas próprias descobertas. Isso normalmente só vem com anos de prática.

A professora de psicologia Angela Duckworth, da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, é pioneira na pesquisa da determinação. Suas descobertas indicam que, como o QI e a curiosidade, ela contribui com diversos graus de sucesso.

Os gênios também empregam “estratégias megacognitivas”, que descrevem todos os processos que usamos para elaborar nossos projetos, monitorar nosso progresso e encontrar estratégias melhores e mais eficientes para fazer o que precisamos fazer.

Sem esta reflexão útil sobre o nosso trabalho, podemos acabar perdendo tempo que poderia ter sido mais bem empregado em práticas ou explorações frutíferas. Pode parecer óbvio, mas algumas pessoas têm dificuldade para pensar estrategicamente e aproveitar melhor os seus esforços, o que irá dificultar em muito para atingir um alto grau de realização.

Por fim, existe a humildade intelectual, que é uma característica negligenciada, mas fundamental.

Pesquisas recentes da professora Tenelle Porter, da Universidade Estadual Ball em Muncie, Indiana (Estados Unidos), demonstram que a capacidade de reconhecer suas falhas e limitações amplifica o aprendizado, pois incentiva você a lidar com seus erros sem baixar a cabeça e preencher as suas lacunas de pensamento. Ela contribui, no longo prazo, para aumentar seu crescimento em qualquer disciplina.

Feynman parece ter reconhecido este ponto. “Consigo viver com a dúvida e a incerteza e não saber. Acho muito mais interessante viver não sabendo do que ter respostas que podem estar erradas”, disse ele em uma entrevista para a televisão.

Mas, mesmo se alguém tiver todas essas características positivas, a sorte, sem dúvida, desempenha um importante papel para determinar quem se destacará entre seus pares. Você precisa estar no lugar certo, no momento certo, rodeado pelas pessoas certas, para poder fazer o máximo uso possível dos seus talentos. E até os indivíduos mais promissores podem facilmente perder as oportunidades para brilhar.

Não é difícil imaginar um cientista brilhante que recebeu a oferta do ambiente perfeito para cultivar suas capacidades, ou um artista que perdeu todas as conexões sociais para se tornar conhecido.

Isso, sem mencionar as barreiras estruturais associadas à etnia, gênero ou sexualidade — que evitam que muitas mentes brilhantes atinjam seu potencial e o reconhecimento que elas merecem. Como mencionou Virginia Woolf em Um Teto Todo Seu (Ed. Nova Fronteira, 2019), as necessidades básicas de criatividade, como o tempo e a privacidade para trabalhar, foram (e continuam sendo) negadas para grandes segmentos da população.

O papel da boa sorte nas realizações oferece outra boa razão para que as pessoas de sucesso mantenham sua humildade, mesmo depois de terem recebido reconhecimento pelos seus feitos.

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A curiosidade insaciável pode ser a fagulha necessária para que alguém se torne um gênio?

O gênio humilde

Infelizmente, muitas pessoas têm uma imagem cor-de-rosa do seu caminho até o reconhecimento da genialidade. Elas começam a acreditar que suas mentes excepcionais foram a garantia do sucesso e que seus julgamentos são infalíveis. E a perda da humildade, muitas vezes, acaba manchando sua reputação.

Escritores sobre ciências vêm notando há tempos a existência da “doença do Nobel”. Trata-se de uma expressão irônica, usada para descrever a tendência de alguns ganhadores do Prêmio Nobel de formar teorias um tanto irracionais com mais idade.

Diversos cientistas que compareceram ao palanque da prefeitura de Estocolmo, na Suécia, para receber o mais alto reconhecimento na sua disciplina acabaram posteriormente expressando justificativas absurdas para o negacionismo da Aids, das mudanças climáticas e das vacinas, o racismo científico e endossando tratamentos pseudocientíficos, como a homeopatia.

É claro que Sócrates nos ensinou sobre isso milênios atrás. Platão descreve, na Apologia de Sócrates, como seu mestre vagueava pelas ruas de Atenas, na Grécia, para encontrar os poetas, artesãos e políticos mais bem sucedidos da cidade. E, às vezes, ele reconhecia que as pessoas mais sábias eram aquelas que conseguiam reconhecer os limites do seu conhecimento.

Esta lição é importante para os candidatos a gênio de hoje em dia, da mesma forma que 2,4 mil anos atrás. Não importa quanto talento você tenha, sempre haverá algo que você desconhece.