Há poucos dias, os torcedores, a Fifa e os patrocinadores da Copa do Mundo foram pegos de surpresa com a decisão do Catar de proibir a comercialização e o consumo de cerveja (bebida alcoólica) nos estádios e na rua. Como todo mundo já sabe, o pequeno país do Oriente Médio é altamente conservador e a lista de “atentados” aos direitos humanos causados pelo governo de lá é extensa. Homofobia, misoginia, trabalho escravo estão dentro deste “pacote”.
Nada disso era novidade e, mesmo assim, a Fifa apostou no Catar como mandante da Copa deste ano. Não por que a entidade máxima do futebol mundial é boazinha, e sim porque foi “enfeitiçada” pelos “petrodólares” aos montes. Foi tanto dinheiro que até o período da realização do Mundial foi mudado (sempre aconteceu no meio do ano, e agora, em novembro e dezembro por conta do verão pesado no deserto).
Eu sei que a abertura foi muito bonita, que os estádios são espetaculares e que os jogos já estão rolando e, por isso, não tem mais como voltar atrás e ficar se lamentando. Mas tudo deve servir de lição para que erros grotescos desse tipo não voltem a acontecer nas próximas escolhas dos anfitriões. O futebol e os direitos humanos agradecem.
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Fonte: Folha PE