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Casa da Copa e ruas decoradas; veja o clima da Copa do Mundo na Região Metropolitana do Recife

Do Cabo de Santo Agostinho ao Alto José do Pinho, o clima da Copa do Mundo começa a aparecer nas ruas da Região Metropolitana do Recife. A Reportagem da Folha de Pernambuco visitou os locais para trazer as histórias da torcida brasileira rumo ao hexa. 


 

Copa Cabo de Santo Agostinho (Casa da Copa)

Casa da Copa, no Cabo de Santo Agostinho. Foto: Cortesia

Luiz Paulino, aposentado de 81 anos, mantém na Copa do Catar uma tradição que já dura 20 anos. O morador do Cabo de Santo Agostinho, região metropolitana do Recife, começou a decorar sua casa no Mundial de 2002 e, com a ajuda de voluntários, está pronto para mais uma Copa do Mundo.

A ideia de decorar a casa para um grande evento esportivo surgiu em 1996, durante as Olimpíadas de Atlanta. Porém, como eram muitos países participantes, não era possível colocar todas as bandeiras. O desejo foi adiado para a Copa do Mundo de 2002. 

“A princípio começou como uma brincadeira de criança, nas Olimpíadas de 1996. Na pintura da fachada. Em 2002 eu pensei ‘Agora não é mais Olimpíadas, é Copa do Mundo’. 

A Casa da Copa começou a ser decorada três meses antes do início da competição no Catar. De acordo com Luiz Paulino, o investimento este ano passou dos 20 mil reais. 

Luiz Paulino, idealizador da Casa da Copa. Foto: Júnior Soares/ Folha de Pernambuco 

“Para fazer essa decoração é preciso muito capricho, coragem e paciência. A Casa da Copa  já é conhecida no mundo todo, desde a Copa da África do Sul,” conta com orgulho Luiz Paulino. 

A fachada da casa segue com o tema da Copa do Catar por aproximadamente um ano, pois  “o povo não deixa de bater fotografia, é noite e dia”. 

Um dos voluntários da empreitada é Renato Paulino, caldeireiro e mecânico de 38 anos. Sobrinho de Luiz, ele ajuda na pintura desde a primeira edição na Copa de 2002.

“Eu me sinto lisonjeado por ser o artista a fazer esse trabalho. Fico feliz quando o pessoal olha e já me parabeniza. Várias pessoas tiram suas fotos e publicam nas redes sociais.”

Com toda a arrumação da casa, Luiz Paulino vai fazer da abertura da copa um grande evento. Para assistir ao primeiro jogo do Mundial entre Catar x Equador, neste domingo (20), foram enviados 150 convites. A ideia também é receber as pessoas nos dias dos jogos do Brasil. O primeiro é só no dia 24, contra a Sérvia. 

Prestes a receber as pessoas na Casa da Copa, Luiz conta que precisou dar uma segurada nos últimos dias, porque “a doutora disse que eu estava muito ansioso”. O anfitrião da Casa da Copa acredita no hexacampeonato da Seleção Brasileira.

Alto José do Pinho (Rua Irapiranga)

Rua Irapiranga, Alto José do Pinho. Foto: Júnior Soares/ Folha de Pernambuco 

No Alto José do Pinho, Zona Norte do Recife, é possível observar decorações personalizadas para a Copa do Mundo em várias partes. Uma delas é a Rua Irapiranga, que segue a tradição com Amauri Rodrigues de sempre decorar a rua em períodos de festas como a Copa do Mundo, São João e carnaval. 

Além das pinturas e bandeiras do Brasil, foram personalizadas treze camisas da Seleção com o nome de cada parente. A ideia é reunir todo mundo para assistir aos jogos juntos. 

Amauri Rodrigues Júnior, filho do organizador, está animado para a competição e acredita no título. O fato da Copa ser após as eleições que dividiram o país não é algo que afete sua relação com o torneio. 

“Realmente ficou uma coisa em cima da outra [eleições e Copa do Mundo]. Mas não acho que vai afetar não. Quando começar os jogos do Brasil vai estar todo mundo unido e que venha o hexa”.

Moradora da mesma rua, Rozinete Gomes decorou toda a parte interna da sua casa na esperança do hexa. “Eu sou brasileira. Eu amo o Brasil, sei que esse ano a gente vai levar a taça. Eu vou torcer muito”, Rozinete Gomes, dona de casa. 

Rozinete Gomes, dona de casa. Foto: Júnior Soares/ Folha de Pernambuco 

Alto José do Pinho (Rua Principal)

Rua Principal, Alto José do Pinho. Foto: Júnior Soares/ Folha de Pernambuco 

No mesmo bairro, com um pouco mais de 500m de distância, a Rua Principal também foi decorada para a Copa do Mundo. Além das bandeirinhas do Brasil espalhadas, tem um banner com todas as seleções que irão disputar a Copa. 

De acordo com Bartolomeu Pessoa, que ajudou na organização, tudo foi feito em apenas um dia pela colaboração dos moradores. Assim como nos outros relatos, Barto relatou que esse tipo de decoração também é tradição na rua. 

Bartolomeu Pessoa, um dos organizadores na Rua Principal. Foto: Júnior Soares/ Folha de Pernambuco 

Mais um torcedor confiante no título, Bartolomeu acredita que a Copa no final do ano é “boa porque já faz uma festa só com natal e virada de ano”. 

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Fonte: Folha PE

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