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Após fala xenofóbica contra nordestinos, diretora do Flamengo será investigada por delegacia

A Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) instaurou um inquérito para investigar Ângela Machado, diretora de Responsabilidade Social do Flamengo, por crime de xenofobia. No último domingo (30), após o resultado da eleição vencida por Luiz Inácio Lula da Silva, Lula, a esposa do presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, fez uma postagem preconceituosa contra os nordestinos. 

Na publicação realizada em seu perfil do Instagram, Ângela escreveu as seguintes palavras: “Ganhamos onde produz, perdemos onde se passa férias. Bora trabalhar porque se o gado morre, o carrapato passa fome”. A delegacia recebeu uma denúncia após a publicação da mensagem. Ela será ouvida enquanto a investigação segue em andamento. 

“A Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), a partir da notícia crime formulada, instaurou procedimento para apurar os fatos. A autora da mensagem será ouvida e a investigação está em andamento”.

Em participação ao programa “Papo Reto“, de Benjamin Back, no YouTube, Landim foi questionado sobre os pedidos de retratação por parte do clube. No entanto, declarou que a postagem foi uma decisão de “foro íntimo” e que Ângela tem o direito de “agir e pensar como quiser”.

Apesar de ter sido no Sudeste a região onde Lula recebeu mais votos, foi no Nordeste o local em que o petista teve uma vantagem mais expressiva de votos sobre Bolsonaro. Aliás, a localidade concentra o maior número de flamenguistas no País. 

Após a fala preconceituosa da dirigente do clube carioca, os times nordestinos se manifestaram nas redes sociais condenando o episódio. Entre os pernambucanos, o Trio de Ferro adotou tom de repúdio. 

“Além de preconceituosa, sua fala carrega um claro desconhecimento sobre a nossa região”, fala o Náutico em um trecho da publicação no Twitter. Já para o Santa Cruz, a publicação de Ângela demonstra “ignorância do conceito de nacionalidade”. Em sua postagem, por sua vez, o Sport pediu “respeito”. 

CRB e CSA, de Alagoas, foram outros dois clubes a se pronunciarem. Além de repudiar a fala da diretora flamenguista, o Galo da Pajuçara exaltou o orgulho de ser nordestino. O Azulão enfatizou a “agressão ao povo nordestino” e pediu “respeito”. 

No Maranhão, o Sampaio Corrêa diz que Ângela “agrediu o povo nordestino com insultos depreciativos”. Enquanto o Vitória-BA “repudia as declarações” e afirma que “atitudes como essa não podem ser aceitas”. 

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Fonte: Folha PE

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