Condenado a nove anos de prisão por violência sexual, o ex-atacante Robinho teve sua extradição à Itália negada pelo Brasil. Segundo fontes ouvidas pela agência Ansa, a recusa foi baseada no artigo 5 da Constituição Federal, que proíbe a extradição de cidadãos brasileiros. Ainda assim, a Itália poderá pedir o cumprimento da pena no Brasil.
O pedido de extradição feito pelo Ministério da Justiça da Itália havia sido divulgado em outubro, quase nove meses após a condenação de Robinho por estupro de uma mulher, em 2013. A vítima foi uma albanesa que tinha 22 anos à época do crime. Amigo do ex-jogador, o ex-atacante Ricardo Falco também foi condenado pela violência sexual.
De acordo com a acusação, Robinho e cinco amigos estava na mesma boate que a vítima e ofereceram bebida a ela, até que ficou inconsciente e sem poder reagir. Uma reconstituição feita pelo Ministério Público mostrou que o grupo levou a mulher para um camarim da casa noturna e, se aproveitando de seu estado, praticou “múltiplas e consecutivas relações sexuais com ela”.
Um telefonema grampeado mostrou Robinho dizendo ao amigo Jairo Chagas, que o alertara sobre a investigação: “Estou rindo porque não estou nem aí, a mulher estava completamente bêbada, não sabe nem o que aconteceu”.
“Os caras estão na m*. Ainda bem que existe Deus, porque eu nem toquei naquela garota. Vi os outros f* ela, eles vão ter problema, não eu. Eram cinco em cima dela”, afirmou na ocasião.
Mas, após Chagas dizer que havia visto o ex-atacante “colocar o pênis dentro da boca” da mulher, ele respondeu: “Isso não significa transar”. Os advogados de Robinho alegam que ele é inocente e que a relação foi consensual. Os demais envolvidos no estupro não foram rastreados pela Justiça da Itália e, por isso, não puderam ser processados.
Veja também
Futebol Julgamento Joia do Palmeiras, Endrick brinca na comemoração do título Brasileiro: “Amanhã eu vou para escola”
Vasco se posiciona contra adiamento do julgamento da confusão na Ilha do Retiro; confira a nota
Fonte: Folha PE