Crédito, Guilherme Di Giacomo

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Di Giacomo será submetido a uma drenagem no pulmão ainda nesta semana, após contrair pneumonia

O paulistano Guilherme Di Giacomo, de 34 anos, dos quais quase seis vivendo em Londres, no Reino Unido, conseguiu receber uma alta temporária do hospital onde está aguardando uma cirurgia no pulmão, devido a uma pneumonia que contraiu, para ir votar neste domingo (2/10).

Ele deve ser transferido de hospital e submetido a uma drenagem do pulmão ainda nesta semana.

“Exerci meu dever como cidadão. Me considero uma pessoa muito politizada e queria muito votar; então pedi ao médico quando me dei conta de que não sairia do hospital antes do domingo”, disse ele à BBC News Brasil por telefone de seu leito no St Mary’s Hospital, no oeste de Londres.

“O meu voto é um só entre milhões, mas pode fazer a diferença”.

“Senti até uma comoção maior quando mencionei que o motivo eram as eleições brasileiras. Como se eles soubessem do momento crítico em que estamos”, acrescentou.

Di Giacomo disse que votou no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pois “era a única opção viável para derrotar Bolsonaro”, mas não se considera petista.

Crédito, Guilherme Di Giacomo

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Di Giacomo diz que votou em Lula, mas não se considera petista

“Fui criado como anti-petista. Mas mudei de opinião quanto ao PT depois do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff”.

Di Giacomo conta que começou a apresentar febre alta com dores no corpo no dia 12 de setembro e está internado desde 26 de setembro. Foram necessárias quatro idas ao hospital para que os médicos decidissem interná-lo, após um exame mostrar o comprometimento de seu pulmão por causa de uma pneumonia bacteriana.

“Estava me sentindo muito cansado, não conseguia fazer as atividades mais simples”.

Ele fez um teste rápido para covid logo no início, que descartou a presença do vírus.

Mais de 34 mil brasileiros residentes no Reino Unido estavam aptos a votar nas eleições deste domingo. A votação ocorreu apenas em um local, uma escola no oeste de Londres, e eleitores tiveram que encarar longas filas.

Crédito, Luis Barrucho/BBC

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Brasileiros enfrentaram longas filas para votar em Londres

Não houve registro de violência, mas do lado de fora grupos de apoiadores dos dois principais candidatos na disputa à presidência, Lula (PT) e Bolsonaro (PL), se concentraram em lados opostos da rua, entoando cânticos e palavras de ordem.

Neste ano, mais de 697 mil eleitores estão aptos a votar no exterior. Eles podem votar somente para presidente da República. O número de eleitores no exterior representa um aumento de 39,21% em relação a 2018. A votação ocorre em 181 cidades estrangeiras.

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