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IBGE iniciou Censo Demográfico em Pernambuco nesta segunda-feira (1)

Após dois anos de atraso devido à pandemia, começou, nesta segunda-feira (1º), o Censo Demográfico, pesquisa que traça o perfil da população brasileira e visita todos os domicílios do país. Realizado a cada 10 anos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Censo orienta a criação e a execução de políticas públicas. A última edição da pesquisa ocorreu em 2010.


 


Segundo o IBGE, o Brasil conta com aproximadamente 75 milhões de domicílios, onde vivem os 215 milhões de brasileiros, abrangendo todos os 5.570 municípios do país. Em Pernambuco, são mais de três milhões de domicílios, com cerca de 9,7 milhões de moradores nos 184 municípios do estado e no Distrito Estadual de Fernando de Noronha.


 


A capital pernambucana conta com cerca de 1,6 milhão de moradores em mais de 500 mil domicílios. A população será visitada por 1.426 recenseadores, que percorrerão todos os bairros. Além disso, o Recife possui também 166 agentes censitários que irão supervisionar e auxiliar a coleta.


 


“O questionário do Censo Demográfico é dividido em dois tipos: o básico e o da amostra. O básico tem 27 questões e o da amostra vai ter 77. Os temas que são abordados envolvem tanto a parte de educação, como a parte de trabalho e também envolvem temas de nupcialidade e mortalidade”, explicou o coordenador técnico do Censo Demográfico em Pernambuco, João Marcelo Santos.

Uma novidade apontada pelo coordenador será a identificação de pessoas com autismo. “Como novidade, o questionário de amostra esse ano vai ter a questão sobre diagnóstico de autismo e também existem algumas informações a respeito de religião. Também podemos falar a partir de fecundidade e de formação de quadro de moradores para gente saber o núcleo familiar, de qual é composto, para saber como é que fica o perfil do núcleo familiar brasileiro”, comentou.


 


Além disso, o Censo deste ano também incluirá dados específicos para a população quilombola, que, junto aos indígenas, incluídos no Censo de 1991, faz parte dos Povos e Comunidades Tradicionais. “Nas localidades que estão designadas nas nossas bases de setores como sendo de quilombolas ou indígenas, o Censo vai ter questões específicas para a gente poder coletar informações da tradicionalidade dos indígenas e dos quilombolas. Por exemplo, a gente vai perguntar sobre a etnia deles, sobre a língua falada no domicílio. São situações específicas que só vão abrir para localidades de indígenas e quilombolas”, destacou Marcelo Santos.


 


Superintendente da Unidade Estadual do IBGE em Pernambuco, Gliner Alencar destacou a importância de se retomar a pesquisa após 12 anos. “É a única pesquisa que faz a fotografia de todos os domicílios.  Então, com isso você consegue ter uma quantidade de informações maior tanto para a iniciativa privada quanto para a iniciativa pública, que só se consegue pela operação censitária”, disse. 


 


Professora há mais de 20 anos, Katilcilene Silveira atuará como recenseadora, realizando as pesquisas e coletando as informações nos domicílios. “Eu me encontrava desempregada e quis participar desse momento tão importante para o país. Nós tivemos uma semana de treinamento e as pessoas que estavam nos preparando foram bem competentes nesse sentido. Algumas dificuldades surgem porque a teoria é uma coisa e a prática é outra totalmente diferente. Mas nós fomos bem orientados, estamos ansiosos e estou aqui preparada para entrar em campo”, comentou.


 


O Censo 2022 é o 13º da história e conta com orçamento de aproximadamente R$ 2,3 bilhões. Em cada domicílio ao menos uma pessoa é entrevistada e ela poderá responder pelos demais moradores da residência. 


 


Todos os recenseadores estarão uniformizados e com colete e boné do IBGE. Os profissionais também usarão crachá com foto e portarão o Dispositivo Móvel de Coleta (DMC).

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