Sheryl Sandberg, chefe de operações da Meta, empresa controladora do Facebook, anunciou que está deixando a companhia após 14 anos.
Sandberg anunciou sua saída em um post no Facebook, dizendo que esperava se concentrar em sua fundação e trabalho filantrópico daqui para frente.
Sua saída ocorre em um momento em que a a Meta enfrenta uma desaceleração nas vendas de publicidade e mais concorrência de rivais como o TikTok.
Sandberg é uma das mulheres de maior destaque na indústria de tecnologia.
“Quando aceitei esse emprego em 2008, esperava ficar por cinco anos”, escreveu ela. “Quatorze anos depois, é hora de escrever o próximo capítulo da minha vida.”
Javier Olivan, atualmente chefe de crescimento da Meta, assumirá o cargo de Sandberg quando ela sair.
Sandberg, cujo marido morreu subitamente em 2015, vai se casar novamente em breve. Ela disse que planejava deixar a empresa no segundo semestre, mas permaneceria no conselho.
Após seu anúncio, as ações da Meta caíram 4%.
Celebridade global
Sandberg ingressou no Facebook quando ainda era uma pequena empresa liderada por Mark Zuckerberg.
Veterana do Google, ela ajudou a transformar o negócio de publicidade em uma potência lucrativa, à medida que a empresa cresceu para incluir Instagram, WhatsApp e Messenger.
Livros que ela escreveu, incluindo Faça Acontecer: Mulheres, Trabalho e a Vontade de Liderar (Companhia das Letras, 2013), que ela descreveu como uma “espécie de manifesto feminista”, fizeram dela uma celebridade global.
Mas seu brilho diminuiu quando a empresa enfrentou críticas por como lidou com dados pessoais e a moderação de postagens nas mídias sociais.
Sandberg, que inicialmente foi responsável pela resposta do Facebook à crise, pareceu reconhecer alguns desses desafios em seu post, escrevendo: “O debate em torno da mídia social mudou desde aqueles primeiros dias”.
“Dizer que nem sempre foi fácil é um eufemismo. Mas era mesmo para ser difícil”, escreveu ela.
“Os produtos que criamos têm um enorme impacto, por isso temos a responsabilidade de construí-los de uma forma que proteja a privacidade e mantenha as pessoas seguras.”
Em seu próprio post, Zuckerberg disse que a saída de Sandberg foi o “fim de uma era”, observando que era “incomum” que uma parceria de negócios como a deles durasse tanto.
“Sheryl arquitetou nosso negócio de anúncios, contratou ótimas pessoas, forjou nossa cultura de gestão e me ensinou como administrar uma empresa”, acrescentou.
“Ela criou oportunidades para milhões de pessoas em todo o mundo e merece o crédito por muito do que a Meta é hoje.”
Ele disse que as responsabilidades de Olivan seriam diferentes das de Sandberg, assumindo um papel “mais tradicional” de chefe de operações, mais voltado para questões internas.
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