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O Brasil é um dos países que mais consome carne no mundo. Porém, no ano passado, com a pandemia e os preços da carne em alta, quase metade dos brasileiros reduziram o consumo. Além do aumento no preço da carne, outro fator colaborou para essa redução: o interesse crescente por pautas ligadas ao vegetarianismo e ao veganismo. Uma alimentação mais baseada em verduras, legumes e frutas livres de agrotóxicos e produzidos de maneira sustentável, está ganhando cada vez mais espaço nos lares.
De acordo com pesquisa realizada pelo Ibope no ano de 2018, encomendada pela Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB), os adeptos da alimentação vegetariana somam 30 milhões no Brasil. A entidade estima que, dos 30 milhões de brasileiros vegetarianos, cerca de 7 milhões seriam veganos. Ainda de acordo com o levantamento, na Região Metropolitana do Recife, 16% da população se declara adepta ao veganismo.
Nesta segunda-feira (01), é comemorado o Dia Mundial do Veganismo, com essa ênfase, a comunidade que vivencia o estilo de vida sinaliza a importância de sempre diferenciarmos o conceito, comumente confundido com o vegetarianismo e conceitualmente diferente. Considerado um sistema alimentar, o Veganismo exclui da alimentação quaisquer produtos de origem animal, além de adotar o não consumo de produtos que possuem em sua origem e fabricação ingredientes de origem animal.
Atualmente, o mercado vegano vem conquistando espaço no país e no mundo, com muitas opções de alimentos e produtos. “Na procura de produtos sem derivados do leite, os alimentos relacionados ao veganismo são ótimas opções para compor a dieta de pessoas intolerantes à lactose. No Brasil, existem mais de 3.500 estabelecimentos que oferecem pelo menos uma opção vegana no cardápio. Nos supermercados brasileiros também já é possível encontrar muitas versões veganas de produtos cárneos ou lácteos”, explica a coordenadora do curso de Nutrição do Centro Universitário dos Guararapes (UNIFG), Fabiana Freire.
E engana-se quem pensa que a carne faz falta na dieta. A especialista ainda salienta que a alimentação vegana traz diversos benefícios à saúde, desde que bem planejada. “A tendência é reduzir os níveis de colesterol, melhorar o fluxo sanguíneo, ter um nível de gordura saturada baixo e diminuir a ingestão de sódio. Mas é preciso se informar e procurar acompanhamento de nutricionista”.
Transição – Em uma pesquisa do Datafolha em 2017, foi constatado que 63% dos brasileiros gostaria de diminuir o consumo de carne. Para aderir ao veganismo, é importante fazer uma transição lenta e consciente para manter a saúde e para que essa escolha seja duradoura. Fabiana Freire dá algumas dicas para quem pretende adotar esse estilo de vida:
1° Adicione primeiro, subtraia depois – Ao invés de começar cortando coisas do seu cardápio, adote uma estratégia diferente: comece adicionando novos alimentos.
2° Diminua progressivamente o consumo de produtos de origem animal e aumente o consumo de produtos de origem vegetal – Passe a comer carne sό uma vez por semana. Pare de comer queijo diariamente.
3° Lembre-se dos pratos vegetais que sempre fizeram parte da sua dieta e dos que podem ser “veganizados” facilmente – Ao invés de pensar em tudo que você não vai mais poder comer, tente lembrar de pratos conhecidos e apreciados por todos que são naturalmente veganos. Cuscuz, tapioca, feijão, macarrão com molho de tomate, sopa de legumes.
01/11/2021 às 11:18 – Com informações da assessoria
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