Por Luiz Gonzaga Jr – Hoje Pernambuco
A polarização que dominou a política nacional nos últimos anos pode estar perdendo força entre os eleitores. É o que indica a mais recente pesquisa Genial/Quaest, realizada entre os dias 6 e 9 de novembro, com 2.004 entrevistas presenciais. Segundo o levantamento, divulgado nesta quinta-feira (13), 24% dos brasileiros preferem que o próximo presidente não tenha ligação nem com Lula (PT) nem com Bolsonaro (PL) — um movimento que reforça o desejo de parte do eleitorado por uma alternativa fora dos polos tradicionais.

Outro dado que aponta para uma busca por renovação é que 17% dos entrevistados desejam a vitória de um nome completamente novo, de fora da política. A pesquisa mostra que o cansaço com a disputa permanente entre lulistas e bolsonaristas é real e crescente.
Rejeição a Lula sobe e maioria não quer Bolsonaro disputando
O estudo também revela um aumento no número de brasileiros que acreditam que Lula não deveria tentar a reeleição. O percentual atingiu 59%, acima dos 56% registrados na rodada anterior, em 9 de outubro. Apenas 38% defendem que o presidente busque um novo mandato — há um ano, eram 42%.
Se Lula enfrenta desgaste, Bolsonaro não aparece em melhor situação. Apesar de inelegível, o ex-presidente se mantém como pré-candidato simbólico. Ainda assim, 67% dos entrevistados defendem que Bolsonaro apoie outro nome, enquanto apenas 26% dizem que ele deveria insistir numa candidatura. Os números reforçam que grande parte do eleitorado rejeita uma repetição direta do confronto de 2022.
Segundo turno: Lula segue à frente, mas margens apertam
Mesmo com o crescimento da rejeição, Lula ainda aparece numericamente à frente na maior parte dos cenários de segundo turno avaliados pela Genial/Quaest. Dos dez confrontos simulados, o petista venceria em nove. A única exceção é uma nova disputa contra Bolsonaro, em que Lula aparece com 42% das intenções de voto, contra 39% do ex-presidente — cenário de empate técnico dentro da margem de erro de dois pontos percentuais.
O que dizem os números
Os dados revelam um país dividido, mas também cansado da mesma disputa. A combinação de rejeição simultânea a Lula e Bolsonaro, aliada ao desejo crescente por uma alternativa independente, abre espaço para que novas lideranças políticas tentem se viabilizar até 2026.




A eleição que se aproxima pode, pela primeira vez em mais de uma década, abrir brecha para um terceiro caminho competitivo — um nome que dialogue com os eleitores que querem estabilidade, equilíbrio e menos conflito. Se esse candidato surgirá a tempo, a pesquisa não responde. Mas o recado da sociedade está dado: o Brasil quer opções.
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