O quinto desafio é voltado para soluções que diminuam os riscos de incidentes com tubarões na orla do Recife.
A segunda edição do Ciclo de Inovação Aberta do Recife conta com mais um desafio. Na área ambiental, a Prefeitura do Recife quer saber: como podemos reduzir, com o uso de tecnologias inovadoras, os riscos de incidentes com tubarão na orla do Recife? Agora são cinco os desafios que fazem parte dessa nova jornada que envolve a busca por soluções inteligentes, criativas e sustentáveis para questões presentes na vida da cidade. O novo desafio foi publicado no Diário Oficial do sábado (1º de abril).
A organização do 2º Ciclo de Inovação Aberta é fruto de uma força-tarefa que une a Empresa Municipal de Informática (Emprel), a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação e a Secretaria Executiva de Transformação Digital. Além disso, o Ciclo faz parte de um conjunto de iniciativas, programas e projetos que formam o Eita!Recife, guarda-chuva municipal que compreende a inovação aliada à tecnologia como ferramenta fundamental na manutenção da função social das políticas públicas de maneira mais eficiente e produtiva.
O novo Ciclo de Inovação foi lançado na quarta-feira da semana passada (29.03) e hoje, com um novo desafio, ganha um reforço de peso para um problema antigo. Desde a década de 1950 o Recife registra incidentes com tubarões na orla. Ações e campanhas educativas ganham impulso feito por um conjunto de Secretarias e órgãos municipais no sentido de conscientizar os banhistas dos riscos. O banho de mar com a maré alta e em dias de chuva aumentam e potencializam os riscos de incidentes. O novo desafio tem por objetivo encontrar alternativas viáveis que possam conferir segurança aos banhistas e proteger os animais que chegam tão perto da área de banho.
“A questão que lançamos é voltada para ideias que façam uso de tecnologias que minimizem o número desse tipo de ocorrência nas nossas praias. E quem sabe com potencialidade de desenvolvimento que interesse aos demais municípios da Região Metropolitana do Recife”, explica Breno Alencar, diretor de Inovação Aberta e Governança de Dados, da Emprel. “É possível, dentro de um contexto que envolve aspectos da natureza, que os participantes entreguem para a cidade diagnósticos que ajudem a prefeitura a reorientar ou incrementar ações que já são realizadas. Inovação é abrir novos campos de possibilidades”, completa.
As inscrições, que são gratuitas, podem ser realizadas até o dia 05 de maio no site: eita.recife.pe.gov.br. O Ciclo de Inovação Aberta do Recife é destinado a profissionais, acadêmicos e estudantes que atuam ou que se preparam para atuar dentro da área de tecnologia ou atividades correlatas. Além disso, é possível se inscrever enquanto empresa de médio ou grande porte ou ainda como startup.
Até a publicação do resultado dos projetos que farão parte deste novo ciclo, os inscritos devem cumprir uma agenda construída especialmente para facilitar o entendimento de cada uma das etapas. Já no dia 05 de abril, chamado de ‘Dia D’, os participantes conhecerão em detalhes os problemas vivenciados dentro dos quatro desafios propostos para este ano:
Mobilidade Urbana – Como podemos melhorar a mobilidade na cidade do Recife, com uso de tecnologias inovadoras, reduzindo os impactos causados pelo trânsito?
Proteção Animal – Como podemos reduzir o abandono de cães e gatos na cidade do Recife, identificando e registrando cada um deles de forma escalável e mudando a cultura da população no trato desses animais?
Comércio, Turismo e Lazer – Como podemos tornar o centro do Recife, com o uso de tecnologias inovadoras, um lugar atrativo para habitações, atividades de comércio, turismo, cultura e lazer?
Sustentabilidade e Economia Circular Inclusiva – Como podemos, por meio da tecnologia, criar e incentivar um ecossistema que utilize o resíduo sólido como insumo para uma nova indústria baseada na reutilização criativa (upcycling)?
Meio Ambiente – Como podemos reduzir, com o uso de tecnologias inovadoras, os riscos de ataques de tubarão na orla do Recife?
Etapas do 2º Ciclo de Inovação Aberta – No dia 14 de abril os participantes têm um encontro marcado no ‘Fórum com os Especialistas’. Esse momento é rico em troca de experiências e informações e o ambiente ideal para tirar dúvidas abrindo a mente para as possibilidades mil oferecidas dentro de um processo une inovação e criatividade.
A cereja do bolo desta segunda edição do Ciclo de Inovação Aberta, que acontecerá numa das capitais que mais produz tecnologias no Brasil, é a realização do Hacker Cidadão 10.0. A inovação está na inserção do Hackathon municipal em uma das etapas da primeira fase, no intuito de fomentar o desenvolvimento de novas startups no ecossistema de inovação que possam nos ajudar a resolver os desafios levantados. O Hacker Cidadão 10.0 ocorrerá de 27 a 29 de abril.
Finalizando o semestre de muito trabalho, no dia 05 de julho a agenda é voltada para a apresentação dos projetos não funcionais à banca julgadora. Dia 14 de julho, nove dias depois, será publicada a relação com as equipes aptas a assinarem um contrato de inovação com a EMPREL. O segundo semestre será dedicado ao desenvolvimento prático dos projetos, é hora de colocar a mão na massa e partir para a experimentação.
Sobre o Hacker Cidadão – A décima edição do Hacker Cidadão é destinada à participação de equipes que já existem, mas que ainda não possuem CNPJ; ou pessoas físicas que queiram encontrar outras pessoas para formação de novas equipes.
A equipe vencedora de cada desafio receberá uma premiação de R$ 5 mil e estará automaticamente classificada para a segunda fase do Ciclo de Inovação, se juntando a mais duas empresas ou startups que se inscreveram nos desafios pelo formulário disponibilizado no Portal do EITA.
Assim, diferente dos outros anos, o Hackathon Municipal, que compreende uma maratona tecnológica a partir de uma base de dados disponibilizada pela organização, passa a integrar a programação do Ciclo de Inovação Aberta. Essa é uma janela a mais que os organizadores do ciclo abrem para oportunizar que qualquer equipe tenha condições competitivas e reconhecimento pelo trabalho que desempenham.