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YouTube tira do ar o canal da Assembleia Legislativa de SP após vídeo negacionista sobre Covid

O YouTube retirou do ar pelo período de sete dias o canal da Assembleia Legislativa de São Paulo após a divulgação de um vídeo de conteúdo negacionista sobre a pandemia da Covid-19.

Ao clicar no canal da Casa legislativa, o usuário se depara com um aviso de que o “canal não tem nenhum conteúdo disponível”. A suspensão da conta impede que a Assembleia poste novos vídeos ou faça transmissões ao vivo.

O vídeo intitulado “Lockdown, uma história de desinformação e poder” ataca medidas preventivas contra o vírus como o uso de máscara e relaciona à pandemia a uma conspiração para favorecer o lucro da indústria farmacêutica.

A exibição ocorreu numa audiência durante o mês passado promovida pelo deputado estadual Douglas Garcia (Republicanos), que é um dos mais fiéis apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) na Casa. Aliados do parlamentar protestaram na Casa e afirmaram que a plataforma alegou que o vídeo apresentava “informações médicas incorretas”.

Em suas redes sociais, Garcia classificou a medida adotada pelo Youtube como “absurdo” e afirmou que episódio envolveu “censura ditarial e nojenta”.

Em nota, a plataforma de vídeos diz que não permite vídeos com desinformação médica sobre a Covid-19. Quanto ao caso em específico, o YouTube afirmou que está “sob análise”, mas sem explicar o que isso significa.

“Todos os conteúdos no YouTube precisam seguir nossas Diretrizes de Comunidade. Além de uma combinação de inteligência de máquina e revisores humanos, também contamos com denúncias de usuários para identificar materiais com conteúdo suspeito e manter a comunidade da plataforma segura. Qualquer pessoa que acredite ter encontrado um conteúdo no YouTube em desacordo com as nossas regras pode fazer uma denúncia e, se a equipe de análise identificar violações às diretrizes da comunidade, o vídeo será removido e o canal penalizado, de acordo com a nossa política de avisos. Nossas políticas cobrem diferentes temas, como bullying, assédio virtual, discurso de ódio, spam, práticas enganosas e também desinformação médica sobre a COVID-19 e desinformação eleitoral”, informa a nota do YouTube.

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Fonte: Folha PE

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