A bandeira de Pernambuco virou centro de discussões na internet por ter sido confundida no Catar, país-sede da Copa do Mundo, com um símbolo de apoio à comunidade LGBTQIA .
Isso porque a flâmula tem em sua composição a imagem de um arco-íris. O jornalista e correspondente da Folha de Pernambuco no Catar, Victor Pereira, foi atacado por policiais locais, que chegaram a pisotear o símbolo.
Idealizada pelos revolucionários de 1817, a bandeira pernambucana foi oficializada como símbolo do Estado na gestão do governador Manoel Antônio Pereira Borba (1915-1919), o Manoel Borba, hoje nome de conhecida avenida na região central do Recife.
O arco-íris, que tem as cores verde, amarela e vermelha representa a união de todos os pernambucanos. O símbolo ganhou a bandeira em 1817, quando Pernambuco, por cerca de 70 dias, tornou-se uma nação independente no contexto da Revolução Pernambucana, movimento libertário e pioneiro de separação de Portugal.
Antes de ganhar as cores atuais, o arco-íris era vermelho, amarelo e branco para representar o início de uma nova era de paz, amizade e união.
Bandeira de Pernambuco antes carregava arco-íris nas cores vermelha, amarela e branca (Foto: Reprodução)
A cor azul do retângulo superior simboliza a grandeza do céu pernambucano. A cor branca representa a paz.
A estrela caracteriza o Estado no conjunto da Federação. O sol é a força e a energia de Pernambuco. A cruz representa a fé na justiça e no entendimento, além de fazer referência ao primeiro nome do Brasil: Terra de Vera Cruz.
A Fifa, entidade que administra o futebol mundial, anunciou a abertura de uma investigação sobre o episódio.
Lei estadual
Em dezembro de 2020, uma lei estadual definiu as especificações técnicas para reprodução da bandeira do Estado de Pernambuco. Por definição, adotou-se que a reprodução deverá observar as normas técnicas especificadas nos anexos do texto legislativo.
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