Dos partidos do chamado campo democrático que projetam uma candidatura única à Presidência da República, o União Brasil foi o último a apresentar uma alternativa a ser debatida: o presidente nacional da sigla, Luciano Bivar.
O nome dele foi chancelado, nesta quinta-feira (14), pela Executiva Nacional do partido.
O detalhe é que essa aprovação se deu por unanimidade e com apoio de 100% da bancada federal, composta por 56 deputados.
Em outras palavras, o PSDB, agora federado com o Cidadania, e o MDB já tinham, no páreo, os nomes do ex-governador de São Paulo, João Doria, e da senadora Simone Tebet, mas ambos ainda não contam com unidade interna.
PSDB e MDB saíram na frente com as opções de presidenciáveis, mas, nos dois partidos, há resistências aos nomes postos.
Esse componente da unidade interna no União Brasil leva a sigla a se colocar numa posição, agora, de “não ficar a reboque” do tucanato e dos emedebistas.
Leia-se: com maior tempo de TV e fundo partidário, o União Brasil, resultado da fusão do DEM como o PSL, está disposto, agora, a ter um nome na corrida presidencial, mesmo que, para isso, seja necessário lançar uma chapa puro sangue.
A legenda vai aguardar o prazo, estabelecido junto com MDB e PSDB, de 18 de maio, para que se chegue a um consenso e se apresente uma candidatura única desse conjunto.
Caso isso não seja possível, devido às divergências vigentes nos dois partidos, o União Brasil não vai ficar esperando. Se não houver acordo e isso ficar nítido de antemão, o partido pode mesmo anunciar uma chapa antes mesmo do dia 18.
À coluna, quando ainda se debatia federação, Bivar registrara que o PSDB estava disposto a zerar o processo em prol de uma candidatura presidencial única, ou seja, que estaria aberto a sentar à mesa sem imposição, condição que serviria, segundo o presidente nacional do União Brasil, para todos os partidos envolvidos no debate, inclusive o seu.
Ali, Bivar avisara que a candidatura presidencial única do MDB e do União Brasil ocorreria, mesmo que a federação não vingasse. Quando anunciou que a federação não vingaria, Baleia Rossi, presidente nacional do MDB, cuidou de informar que as conversas com os partidos do campo democrático para a construção de uma candidatura única à Presidência da República estavam mantidas.
Até o momento, no entanto, só há unidade em torno do nome do União Brasil e é, exatamente, o que a sigla trata como diferencial agora em seu favor.
Vou não
Restou mal-estar em uma ala do PT depois que o partido tirou resolução indicativa em favor de Carlos Veras para o Senado. Há quem aponte que a condução do processo deixou arestas internamente e que, agora, ainda que o Palácio das Princesas pretenda, Teresa Leitão não deve aceitar uma indicação para vice.
A volta dos que… > Se Teresa Leitão não está disposta a ser a vice, se fala que, há “uma fila” de interessados nessa vaga. Entre os que aparecem cotados, estão o da deputada estadual Dulcicleide Amorim e o de Vivian Farias, que foi candidata a vice de João Paulo na corrida pela Prefeitura de Olinda em 2020.
…não foram > A despeito do indicativo em torno de Carlos Veras, o PT diz no documento que não deixa de reconhecer as qualidades de Teresa Leitão. Nas hostes socialistas, há quem não descarte que o nome dela volte a ser considerado para o Senado.
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Fonte: Folha PE
Autor: Renata Bezerra de Melo
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