Em manifestação conjunta, os presidentes dos Três Poderes da República classificaram como “golpistas” os atos de destruição e vandalismo de bolsonaristas, nesse domingo.
Nesta segunda-feira, o presidente Lula, recebeu os presidentes do Supremo Tribunal Federal, ministra Rosa Weber, da Câmara, Arthur Lira e o presidente em exercício do Senado, Veneziano Vital do Rêgo. O documento, em defesa da democracia e da Constituição Federal, “conclama a sociedade a manter a serenidade, em defesa da paz e da democracia”.
Lula segue despachando do gabinete presidencial, no Palácio do Planalto, único local do edifício que foi poupado pelos atentados classificados como terroristas pelo governo federal e judiciário. O ministro da Secretaria de Comunicação Social da presidência, Paulo Pimenta, destacou a dimensão do estrago na sede do executivo. Pimenta confirmou que até mesmo as armas do GSI, Gabinete de Segurança Institucional, foram roubadas pelos criminosos, no Planalto. O ministro, classificou o que ocorreu como “gravíssimo” e uma tentativa de golpe de Estado.
O Palácio do Planalto ainda faz o levantamento de tudo que foi danificado. Além das vidraças quebradas, cadeiras destruídas, fezes, sangue e urina deixados pelos terroristas, houve danos também a mobiliários históricos e obras de arte.
Foram destruídos objetos como a mesa de trabalho de Juscelino Kubitscheck, um relógio pêndulo, do século dezessete, de Dom João VI; uma escultura avaliada em R$ 300 mil; a obra “As Mulatas”, de Di Cavalcanti, estimada em R$ 8 milhões; além de outros itens e da completa destruição da galeria dos presidentes, no piso térreo.
A ministra da Cultura, Margareth Menezes, informou que vai avaliar os danos e começar a “a recuperação e restauro de todo patrimônio”. Para isso, ela vai contar com técnicos do IPHAN, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, especialistas e restauradores. Servidores do instituto já estiveram nos edifícios e a próxima etapa é o “levantamento e identificação” dos danos.
No último domingo, após os episódios de destruição, o presidente Lula assinou o decreto que determina a intervenção federal na segurança pública no Distrito Federal. A medida foi tomada para colocar fim ao “grave comprometimento da ordem pública” no Distrito Federal, “marcada por atos de violência e invasão de prédios públicos”.
Fonte: Agência Brasil
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