Por Luiz Gonzaga Jr – Hoje Pernambuco
O Centro de Jaboatão dos Guararapes viveu, nesta sexta-feira, mais um evento político. A governadora Raquel Lyra (PSD) esteve no município para anunciar mais de R$ 30 milhões em investimentos destinados a obras estruturantes em diversos bairros da cidade — mas não foi apenas a pauta administrativa que chamou atenção. O ato público também reuniu, no mesmo palco, lideranças que devem disputar vaga na Assembleia Legislativa em 2026, mostrando que o jogo político no município está longe de ser restrito ou exclusivo.
O caso mais simbólico foi o de Andréa Medeiros (PSD), pré-candidata apoiada pelo prefeito Mano Medeiros — seu marido — e nome que tem sido trabalhado pelo grupo governista como aposta para a próxima eleição. Ao seu lado, dividiram espaço Nino de Enoque (PL), jaboatonense nascido na antiga Maternidade Rita Barradas e figura sempre presente na cidade, e também o deputado Joel da Harpa (PL), que mantém forte atuação no município e dialoga com segmentos importantes do eleitorado conservador.
A imagem dos três no mesmo palco, sob o comando de Raquel Lyra, deveria funcionar como recado: “tem espaço para todo mundo”. É muito provável que o trio saia vitorioso da eleição. O evento desmontou a ideia de que a disputa eleitoral precisa ser conduzida com hostilidade ou que lideranças só podem existir dentro de territórios fechados. Pelo contrário — ficou evidente que o voto é conquistado, não imposto, e que diferentes candidaturas podem coexistir sem transformar adversários políticos em inimigos pessoais.
A cidade tem mais de 430 mil votos em disputa, há eleitorado suficiente para que Andréa, Nino, Joel e tantos outros nomes construam suas próprias bases e lideranças, cada um com seu estilo, sua narrativa e seu alcance. No fim das contas, o que definirá a vitória não será imposição, e sim a capacidade de cada pré-candidato de convencer o eleitor jaboatonense de que merece representá-lo na Assembleia.
Raquel Lyra, ao reunir diferentes grupos em um único ato, reforça a estratégia de ampliar diálogo e mostrar que o governo do Estado mantém portas abertas a lideranças diversas — independente de alinhamentos pontuais. Se todos estão imbuídos no projeto de reeleição da governadora, pra que dividir e não juntar as forças ? O voto tem pra todo mundo, quanto mais apoio, mais a governadora ganha. O espaço existe, a disputa é legítima e quem conquista o voto é quem melhor convence o eleitor.
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