Crédito, NASA

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Fotos de Júpiter tiradas pelo telescópio James Webb

As primeiras fotos que o telescópio espacial James Webb capturou do universo deixaram o mundo científico — e grande parte daqueles que as viu — maravilhados.

A quantidade de detalhes e, sobretudo, a gama de cores e a vivacidade das imagens, levaram os astrônomos a apontar que estamos à beira de uma nova era na exploração espacial.

Após a primeira imagem divulgada na segunda-feira — que mostra um aglomerado de galáxias na região chamada SMACS 0723 — mais cinco fotos foram divulgadas nesta terça-feira (12/7), incluindo a Nebulosa Carina e o Quinteto de Stephen.

Durante a divulgação dessas imagens, a Agência Espacial dos Estados Unidos (Nasa) também divulgou um documento explicando como esses registros foram obtidos.

No artigo, é possível ver gráficos com duas fotos de Júpiter e seus satélites naturais — embora essas imagens não tenham causado o mesmo alvoroço que as demais.

As duas fotografias mostram a circunferência de Júpiter e três de seus satélites naturais: Metis, Europa e Thebe.

A explicação dada pelo documento, elaborado pela NASA, pela Agência Espacial Europeia e pela Agência Espacial Canadense, é que Júpiter foi utilizado para calibrar a NIRcam, uma das câmeras infravermelhas que o telescópio James Webb possui.

“A ideia era testar a capacidade do telescópio de captar imagens em movimento, como ocorre com os satélites naturais de Júpiter”, explicam as agências no documento.

Crédito, Getty Images

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O telescópio James Webb foi enviado ao espaço em dezembro de 2021

Por que Júpiter?

Os cientistas escolheram Júpiter por suas características únicas, como o fato de ele ser um planeta brilhante e grande.

O tamanho ajudou a especificar qual era realmente o objetivo do teste e conferir como o telescópio poderia capturar corpos celestes em movimento, mesmo com objetos gigantes e luminosos atrás deles.

Outro fator foi que Júpiter é um dos planetas mais lentos do sistema solar, o que também facilitou a realização dos testes de ajustes do telescópio.

O resultado desse processo foi uma imagem brilhante de Júpiter e de três satélites dele.

Da mesma forma, segundo especialistas como Lean Crane, da revista New Scientist, o relatório indica que os resultados alcançados são muito melhores do que o previsto, o que abre outro leque de possibilidades para o telescópio.

“Os testes mostraram que James Webb é ainda melhor do que o esperado no rastreamento de objetos em movimento rápido, o que será particularmente útil para estudar cometas, asteroides próximos da Terra e até objetos interestelares”, explicou.

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