A Procuradoria do Tribunal de Justiça Desportiva do Espírito Santo deve denunciar o treinador Rafael Soriano em quatro artigos do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD).
No domingo, ele agrediu a árbitra assistente Marcielly Netto com uma cabeçada durante o intervalo da sua equipe, a Desportiva Ferroviária, contra o Nova Venécia pelo Campeonato Capixaba. Após a agressão, ele foi demitido e suspenso preventivamente por 30 dias.
A denúncia será apresentada nesta quinta-feira pela procuradoria, mas ele deve ser denunciado nos seguintes artigos, que podem lhe render uma suspensão de até dois anos:
254-A, parágrafo 1º, Inciso I e parágrafo 2º, que tratam sobre agressão física durante partida com o desferimento de forma dolosa de soco, cotovela, cabeçada ou golpe similar. O caso é agravado caso haja laudo médico.
258-B, que trata sobre invasão de local destinado à equipe de arbitragem
253-F, que é sobre ofender alguém sua honra 258 parágrafo 2º, Inciso II, que legisla sobre conduta contrária à disciplina e ética desportiva
Segundo a súmula da partida, assinada pelo árbitro Arthur Rabelo, após o fim do primeiro tempo, o treinador invadiu o campo e foi em direção a equipe de arbitragem. E teria dito as seguintes palavras a ele: “Você está de sacanagem porra, foi pênalti ali e você não marcou, você acabou o jogo no escanteio caralho, você não pode fazer isso”.
O árbitro continuou o relato afirmando que deu um passo para trás para puxar o cartão vermelho. E que a assistente Marcielly pediu calma e ouviu: “Tira a mão de mim, só porque é mulher vai ficar me encostando, vai se f…”.
Marcielly teria pedido a expulsão do treinador. Neste momento, ele partiu em direção da árbitra e lhe acertou uma cabeçada, sendo contido pelo outro assistente, Márcio Berger, e também pelos jogadores de sua equipe.
Ainda de acordo com a súmula, o treinador teria negado a agressão e afirmou que a árbitra estava fingindo. Foi registrado um boletim de ocorrência contra ele.
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Fonte: Folha PE