Bastaram três vitórias por três sets a zero para a seleção vencer a competição pela 15ª vez consecutiva. Palco dos confrontos, Geraldão contou com 70 mil torcedores, somando todo o evento. (Foto: Edson Holanda/PCR)
A vitória em cima do Peru por 3 sets a 0 (25/14, 25/18 e 25/9) deu ao Brasil o título do Sul-Americano Feminino de forma antecipada. Para fechar, na noite desta quarta (23), vitória em cima da Colômbia, com a mesma vantagem: (25/19, 25/22 e 25/19). O costume com uma trajetória de títulos na competição anda lado a lado com a capacidade do Ginásio de Esportes Geraldo Magalhães (Geraldão) de sediar eventos vultuosos. Nesta edição do torneio, 70 mil torcedores bradaram emoção a cada ponto conquistado, somando todos os jogos. Além disso, quatro mil crianças e adolescentes passaram por essa experiência gratuitamente – integrantes da rede municipal de ensino, escolinhas do Geraldão e Compaz. A despedida é breve, porque neste sábado (26), no palco de grandes emoções, tem a parte dois: o Sul-Americano Masculino.
“É isso, a nossa seleção feminina foi campeã. Brasil com medalha de ouro. Foram mais de 70 mil pessoas aqui no Geraldão, mais quatro mil de escolas públicas nossas e projetos sociais. Recife é muito pé quente, não perdemos um único set. Agora é dar show também no masculino”, comemorou e projetou o prefeito João Campos.
Com casa cheia durante os cinco dias de competição, o Geraldão mostrou mais uma vez o motivo de estar na rota dos grandes eventos nacionais e internacionais. Foram 70 mil torcedores apaixonados passando pelo ginásio. Aberto para todos, o equipamento ainda recebeu quatro mil crianças e adolescentes. Todos pertencem à rede municipal de ensino, escolinhas esportivas do Geraldão e Compaz. Para levantar e manter firme toda uma estrutura operacional deste porte, houve dedicação de mais de 1.500 trabalhadores diretos e indiretos.
A trajetória brasileira até o troféu envolveu três vitórias inquestionáveis, todas por 3 a 0. A primeira foi contra o Chile (25/13, 25/11 e 25/21). Depois, Argentina (25/17, 25/16 e 25/17). Por fim, Peru (25/14, 25/18, 25/9). Encerrando a noite, novo triunfo, ante a Colômbia: 25/19, 25/22 e 25/19. Este foi o 20° título da Seleção Brasileira na competição.
HISTÓRIA – Realizado desde 1951, o Sul-Americano Masculino de Vôlei só não teve o Brasil como campeão em uma das 34 edições. Em 1964, a Argentina levou o título. No Feminino, o Brasil também domina o número de troféus, com 22 dos 34 títulos. Em ambas as categorias, os dois primeiros colocados garantem vaga no Mundial subsequente.
A última participação da Seleção Brasileira de Vôlei no Recife foi em 2002, na Liga Mundial da categoria masculina. O Ginásio de Esportes Geraldo Magalhães (Geraldão) recebeu partidas da equipe contra a Rússia, Espanha e Países Baixos. Naquela oportunidade, o Brasil perdeu o título, em Belo Horizonte, para a Rússia.
O Geraldão já tem realizado grandes eventos. Só em 2022, diversos passaram pelo equipamento. Houve a AmeriCup, torneio de basquete mais relevante das Américas. Foram cerca 135 mil torcedores, somando todos os 10 confrontos que envolveram 12 seleções. Teve o Legacy Fighting Alliance (LFA), selo que é a principal liga de desenvolvimento de atletas de MMA do planeta, e uma das mais importantes portas de acesso ao Ultimate Fighting Championship (UFC), maior organização de artes marciais do mundo. E, claro, também teve a Supercopa Masculina de Vôlei, que envolveu os últimos campeões da Superliga, o Sada Cruzeiro, o da Copa do Brasil e o Itambé Minas.