A grande final da Copa do Mundo acontece neste domingo (18) com a disputa entre Argentina e França. Sem a presença do Brasil, que ficou no meio do caminho, surge a dúvida para quem torcer na decisão. Da admiração pelo futebol do país a ligação familiar, brasileiros estão escolhendo lados diferentes.
Argentina
Paulo César, brasileiro que torce pela Argentina. Foto: Júnior Soares/ Folha de Pernambuco
Apesar da grande rivalidade existente entre Brasil e Argentina, muitos brasileiros se identificam com a seleção do país vizinho. Um deles é Paulo César, que começou a torcer pela Albiceleste em 2010, durante a Copa da África do Sul.
E a torcida do estudante de 23 anos é exclusiva para a Argentina. Até em confrontos contra o Brasil, Paulo fica do lado albiceleste. Antes de começar a torcer pelo país vizinho, ele não acompanhava muito futebol e por isso não se importava com a Seleção Brasileira.
Pela rivalidade existente entre os países, que envolve provocações e xingamentos xenofóbicos e raciais nos encontros entre os clubes, muitos brasileiros criticam quem torce para a Argentina.
“Sempre tem uma galera que critica. É normal. Nunca liguei para os outros, cada um tem sua opção de escolher para quem torcer. Eu tenho um grupo de amigos que torce para a Argentina e a gente sempre se junta para acompanhar em bares ou na casa de algum deles”.
Paulo ainda não teve a oportunidade de visitar a Argentina, mas tem interesse, principalmente de conhecer os estádios. A admiração pelo país fica mais ligada com o futebol e não com outras questões culturais.
O torcedor está confiante no título da Argentina, mas com emoção. A previsão é de 1 a 1, no tempo normal, com o gol da Albiceleste marcado por Messi, e vitória sul-americana nos pênaltis.
França
Lucas Tardieux, no auditório da Aliança Francesa. Foto: Júnior Soares/ Folha de Pernambuco
Ao contrário do torcedor argentino, a ligação de Lucca Tardieux com a França não é relacionada com o futebol. O estudante de 19 anos é filho de francês, que já está no Brasil há mais de 40 anos.
“Eu torço pela França porque tenho um contato muito forte com a cultura francesa da cidade. Meu pai é imigrante francês e temos uma rede de amizades francófonas com outros imigrantes que me fizeram ter uma relação muito boa com a cultura francesa no Recife”, afirmou.
Com a relação familiar, Lucca visita o país europeu desde sua infância para conhecer seus parentes franceses. A última vez que esteve lá foi em 2016. Ele tem interesse em se mudar do Brasil para a França. “Tenho dupla cidadania e seria uma ótima oportunidade morar lá”.
Lucca não se importa muito com futebol fora da Copa do Mundo. A torcida é mais forte durante a realização do Mundial e por isso ele não acompanha nenhum clube francês. Do que viu no Catar, ele achou o desempenho da seleção sólido, apesar de um jogo bem fraco contra Marrocos.
Sobre a final contra a Argentina, o estudante espera um grande jogo, com a vitória da França por 3 a 1. “Acho que a final vai ser bem acirrada, considerando que vai jogar contra uma seleção consagrada que está mostrando a que veio. Independente do resultado acho que vai ser uma ótima final”.
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Fonte: Folha PE