O último domingo (08) foi agitado no Arruda. O desabafo feito pelos jogadores e comissão técnica depois da vitória contra o Atlético-BA resultou nas demissões de Leston Júnior, treinador, e Marcelo Segurado, executivo de futebol. Em entrevista à reportagem da Folha de Pernambuco, Segurado falou qual era o objetivo do ato pós-jogo.
“O que a gente fez ontem não foi afrontar o presidente, nem ninguém. Foi simplesmente mostrar que estávamos fechados em função do nosso grupo e expor para vocês a nossa realidade. Se tivesse um pouco de inteligência por parte da direção, eles podiam aproveitar esse momento para transformar na grande virada de chave que ia acontecer, pelo engajamento do grupo e dos funcionários. Lamentável, porque eu tinha certeza que a gente ia subir,” afirmou.
Segundo o ex-executivo tricolor, o manifesto após o jogo aconteceria de qualquer forma, independente do resultado, e foi uma ideia que surgiu dos próprios atletas.
“Já estava definido pelos atletas. Eles nos comunicaram antes do jogo, independente do resultados, eles iam falar. Mas futebol é isso. Jogador, treinador, executivo não pode se posicionar. Tem que mostrar que está tudo certo o tempo todo. E não está”, disse.
O estopim que causou a revolta dos atletas foi a invasão que houve ao CT do Santa Cruz na última sexta-feira (06), a qual Segurado considera que foi orquestrada por gente de dentro do clube.
“Semana passada, houve uma alteração de última hora do treino que ia ser realizado no Arruda e foi transferido para o CT. Ao chegar lá, houve uma invasão de mais de 60 pessoas, soltando foguetes e hostilizando o grupo,” iniciou.
“Aquela invasão foi armada. Tinha gente do clube que sabia daquilo, tanto é que mandaram a gente de forma estranha ir treinar no CT sem nenhum segurança. Os jogadores ficaram indignados com a situação,” completou.
Para substituir o executivo, o Santa Cruz já anunciou a contratação de Zé Teodoro. Marcelo Martelotte chega para o lugar de Leston como treinador.
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Fonte: Folha PE
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