O ex-deputado federal Roberto Jefferson passou a noite no presídio José Frederico Marques, em Benfica, na zona norte do Rio de Janeiro, depois de ser preso pela Polícia Federal neste domingo. O presidente afastado do PTB estava em prisão domiciliar, mas teve que retornar ao sistema penitenciário por decisão do Supremo Tribunal Federal. Ele também foi preso em flagrante por tentativa de homicídio porque resistiu à prisão e atacou os policiais federais com tiros de fuzil e uma granada.
A decisão de enviá-lo de volta para a cadeia foi tomada porque o ex-parlamentar descumpriu as regras da prisão domiciliar, ao publicar um vídeo na internet com ofensas contra a ministra do STF Carmem Lúcia. Antes de ser levado para o presídio de Benfica, Jefferson passou pela Superintendência da PF no Rio de Janeiro para a lavratura do auto de prisão. Nesta segunda-feira, ele deve comparecer a uma audiência de custódia, que vai analisar se a prisão cautelar feita em flagrante será mantida. Jefferson assumiu o ataque contra os policiais em vídeos.
Dois policiais federais ficaram feridos com estilhaços e foram levados para o hospital, mas de acordo com a assessoria de imprensa da corporação, passam bem. O ex-parlamentar só foi detido horas depois, após negociação com a Polícia Federal e o Ministério da Justiça. Por causa do ataque contra os policiais, ele também foi preso em flagrante por tentativa de homicídio. Em nota, a Polícia Federal afirmou que agiu com toda a técnica e protocolos exigidos para a resolução de crises, culminando com a rendição do preso. O ministro da Justiça, Anderson Torres ,viajou até Juiz de Fora, em Minas Gerais, para acompanhar a negociação. A cidade fica próximo de Comendador Levy Gasparian, município no interior do Rio de Janeiro, onde Jefferson reside. Torres condenou o ataque e as ofensas proferidas por Jefferson
O presidente da República Jair Bolsonaro também repudiou o ocorrido em um vídeo publicado nas redes sociais. O ministro do STF Alexandre de Moraes também se manifestou pelo perfil no Twitter. Ele assinou o mandado de prisão contra Jefferson, por ser o relator do inquérito das milícias digitais, que investiga ataques contra o estado democrático de direito, e tem o ex-deputado como um dos investigados. Na nota, Moraes declarou que é inadmissível qualquer agressão contra os policiais e se solidarizou com a agente Karina Oliveira e com o delegado Marcelo Vilella que foram, covardemente, feridos.
Fonte: Agência Brasil
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