O técnico Leston Júnior iniciou a coletiva de imprensa após a derrota do Santa Cruz por 1×0 para a Juazeirense, no Adauto Moraes, pela terceira rodada do Grupo 4 da Série D do Campeonato Brasileiro, chamando para si a cobrança por mais um tropeço do clube. Ainda sem ganhar na competição, o treinador frisou que o Tricolor precisa de uma “vitória emergencial” para trazer confiança ao elenco.
“A responsabilidade é minha. O resultado, quando não acontece, precisa ser trazido a mim. Analisar um jogo de futebol é sempre difícil porque não é um segmento justo. Dos três jogos que fizemos, esse foi o que a gente teve mais chances claras, de forma mais agressiva. Mas o futebol tem essa questão de, em um lance isolado, tomar o gol. Um arremesso lateral, a bola foi para o outro lado e o menino teve a felicidade na conclusão”, lamentou.
Minutos antes de Leston falar, o executivo do Santa, Marcelo Segurado, assegurou categoricamente que o clube não pensa em tirar o treinador após os resultados negativos. Uma pressão a menos para o técnico conviver em um período atribulado, principalmente por conta das cobranças da torcida.
“O torcedor tem razão de ficar chateado, mas não vamos, em função disso, achar que é terra arrasada. No futebol, algumas vezes demora um pouco mais para ter o resultado. Lamento pelo esforço dos caras. Eles correram para caramba, brigaram o jogo todo, mas quem está no futebol é ciente de que essas coisas acontecem. Não entendo que treinador de futebol precise ser eterno no clube, mas não se pode julgar um trabalho em um recorte de três jogos, sem contextualizar. Às vezes você ganha, mas não tem lastro. Não vou sentir mais pressão do que a que eu coloco. O futebol é um meio covarde, mas não significa que eu preciso ser. A pressão é grande internamente, de querer entregar o resultado ao torcedor”, frisou.
Lanterna do Grupo 4, com apenas um ponto, o Santa tem pela frente o Atlético/BA, domingo (8), no Arruda. O que fazer então para acabar com o jejum e conquistar o primeiro triunfo na Série D?
“De hoje para domingo, não tem mágica, a não ser gerar confiança, passar tranquilidade sobre o que eles podem realizar. É uma questão de ganhar o jogo para as coisas se desenrolarem. Não gosto do termo ‘vencer a qualquer custo’, mas precisamos de uma vitória emergencial. Temos uma linha de crescimento, mas é preciso ter consciência de que não podemos adiar (a vitória). Temos de tirar esse peso. Em matéria de elenco, temos potencial de crescimento”, ressaltou.
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Fonte: Folha PE