Candidata ao Governo de Pernambuco pelo PSDB, Raquel Lyra tem sido enfática nas duras críticas à gestão Paulo Câmara, a quem tacha de “ausente dos principais temas do Estado”. “Não fala sobre emprego, não fala sobre Segurança, não fala sobre Saúde Pública, não faz parceria com quem precisa fazer, desde os municípios até os empresários, desde o povo ao Governo Federal”, assinala a tucana e adverte:
“Então, a gente precisa mesmo é mudar de governador, e Pernambuco quer isso”.
Se não poupa a atual administração socialista, também não omite que participou do governo do PSB na época do o ex-governador Eduardo Campos. Ela foi secretária de Juventude dele, vítima de acidente aéreo em 2014, e não arrodeia:
“Fui integrante do governo dele num momento em que as coisas aconteceram em Pernambuco e todo mundo tem saudade do tempo de Eduardo. Não só sou eu, não. Todo mundo que a gente conversa diz que quer voltar naquele tempo, de alguém que fosse líder do governo”.
Raquel enaltece Eduardo ao ser indagada sobre o período à frente da secretaria. Ao elogiá-lo, ela repisa uma cobrança que vem fazendo com frequência sobre “uma absoluta falta de liderança, hoje, no Governo de Pernambuco”. E faz questão de sublinhar a parte do seu currículo relativa à gestão Eduardo Campos:
“E eu me apresento como alguém que tem serviços prestados ao nosso Estado, que tem biografia e trajetória, inclusive como secretária do governo Eduardo Campos. Foi lá que me aproximei de temática tão importante para Pernambuco e para o Brasil, que foi o tema da criança e da juventude. Foi lá que compreendi que o Ceará estava muito mais avançado do que Pernambuco, porque foi o governo de Tasso Jereissati que começou a construir creches nos municípios do Ceará e eles avançaram. E a gente precisa fazer isso em Pernambuco, ainda que 30 anos depois”.
Raquel, entrevistada nesta quarta-feira (17) durante a série de sabatinas da Rádio Folha FM 96,7, foi indagada sobre o motivo de ter pedido para sair da pasta num momento em que houve rebelião no Cabo com degola de um interno e descarta que a saída da secretaria tenha a ver com o episódio. “Quando fui secretária de Criança e Juventude, Eduardo me deu junto com a secretaria a liderança sobre a Funase. Fizemos um planejamento ali. A gente conseguiu avançar em muitos temas”.
Recorrendo a Miguel Arraes, Raquel lembra uma citação dele para se dirigir à gestão do PSB hoje:
“Ele dizia que não se descontruísse com os pés o que foi construído com as mãos. O que aconteceu, ao longo desses últimos oito anos, é que se destruiu com os pés o que Eduardo Campos construiu com as mãos”.
Combinado com o chefe
Ainda sobre a saída da Funase, Raquel lyra diz que combinou com Eduardo Campos e descarta que o movimento tenha tido relação com rebelião. “Eu pedi para sair da secretaria de Eduardo Campos, a gente combinou isso para que eu pudesse voltar para Assembleia e cimprir meu papel como deputada estadual, eu era cobrada pelo meu povo”, relata.
Destinatário > Raquel emenda: “Trabalhei quatro anos como presidente da Comissão de Constituição e Justiça, a gente enfrentou muitas rebeliões e não tenho medo de chuva, de rebelião, de violência. O que tenho medo é de governante que se alija e se omite de temas relevantes para nosso povo”.
Motivos > Encabeçando o palanque de Simone Tebet em Pernambuco, Raquel Lyra atribui ao esforço que a emedebista vinha fazendo para firmar a candidatura internamente no MDB, o fato de ela ter desmarcado agenda no São João de Caruaru e de te não ter vindo ainda ao Estado. O partido rachou e uma ala declarou apoio a Lula. Tebet enfrentou resistências. Raquel descarta que haja ruído com Raul Henry, presidente do MDB-PE.
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Fonte: Folha PE
Autor: Renata Bezerra de Melo