“Nós temos, na política, um machismo fortíssimo. Nós estamos, mais uma vez, agora, e, nesse momento, vivendo um momento de machismo quando se diz, por exemplo, que eu não serei mais candidata, que estou colocando pré-candidatura ao governo, mas que, na verdade, eu vou compor para o Senado, vou fazer isso ou aquilo”. A afirmação é da pré-candidata ao Palácio das Princesas, Raquel Lyra, e se dá no momento em que outros pré-candidatos do campo oposicionista sugerem que a montagem de suas chapas poderia incluir a tucana como cadidata à Casa Alta.
Raquel não citou nomes, mas indagada sobre o motivo de o ex-prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, ter feito sugestões nesse sentido, devolveu:
“Acho que essa pergunta precisa ser feita a ele. A gente tem mantido diálogo do jogo democrático, natural do processo democrático, conversando nas oposições. Mas, em nenhum momento, houve qualquer especulação ou colocação de minha parte de retirada da pré-candidatura”.
Tais considerações foram feitas por ela em entrevista à Rádio Folha FM 96,7, nesta quarta-feira (15), uma semana depois de o pré-candidato do União Brasil ter declarado, em sabatina do UOL e da Folha de S. Paulo, que a “porta está sempre aberta” para Raquel. Ele reforçou:
“Se Raquel entender que pode vir a agregar com todo seu grupo político, seja como senadora ou indicando alguém para ser vice, a porta está aberta”.
Ao abordar o assunto, Raquel tratou de realçar ainda sua posição em pesquisas, nas quais ela aparece na frente de Miguel. Pessoas próximas ao ex-prefeito de Petrolina têm dito que pesquisa não é fator deciso para se bater o martelo em uma candidatura. O grupo de Raquel avalia diferente.
Visivelmente incomodada com essas especulações, Raquel ainda repisou:
“Isso nunca saiu da minha boca. Nunca saiu da minha boca que eu seria candidata à senadora da República. Por mais que seja um cargo honroso, ou que seria pré-candidata à vice-governadora. Eu sou pré-candidata a governadora de Pernambuco”.
A tucana arrematou: “Esse é mais um capítulo que estou vivendo sem sombra de dúvidas com viés machista, dizendo que não tenho coragem de ser candidata a governadora”. Ela faz referência a episódios vividos na campanha para prefeita e arremata: “Passarei por isso como passei durante a campanha para prefeita de Caruaru”.
Sebastião vai. Eduardo é interrogação
Se Sebastião Oliveira bateu o martelo na decisão de deixar a Frente Popular para ser vice de Marília Arraes, ainda não há, no grupo dela, certeza sobre Eduardo da Fonte, presidente do PP-PE. Havia expectativa pelo retorno do progressista de Brasília ontem para que as coturas pudessem avançar.
Menu > Na noite de ontem, a vice-prefeita do Recife e presidente do PDT na Capital, Isabella de Roldão, jantou, ao lado do marido, Fábio Fiorenzano, em Fortaleza, com o presidenciável Ciro Gomes. À mesa também estavam: o líder do PDT, André Figueiredo, o presidente nacional da sigla, Carlos Lupi, e o ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, pré-candidato ao Governo do Ceará, acompanhados de suas respectivas esposas.
Missões > Como a coluna antecipara, Isabella vai coordenar a campanha de Ciro em Pernambuco e vai disputar uma vaga de deputada federal. A informação foi confirmada durante evento do partido que ocorreu, nesta quarta-feira (15), na Capital cearense.
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Fonte: Folha PE
Autor: Renata Bezerra de Melo