Maior programa de resiliência urbana do Recife é apresentado durante a reunião mensal do Plano de Regularização de Zonas Especiais de Interesse Social. Evento aconteceu na manhã de hoje (21), na sede da Autarquia de Urbanização do Recife (URB) (Foto: Brenda Alcantara)
A capacidade de organização do Prezeis vai contribuir para que o ProMorar dê certo. A participação social será o diferencial para a concepção e a implementação dos projetos”. Foi com essas palavras que o chefe de gabinete do programa Promorar, João Charamba, destacou o papel e a importância do Plano de Regularização de Zonas Especiais de Interesse Social (Prezeis) na implementação da iniciativa, que vai mudar a realidade do Recife nos próximos anos. O encontro foi realizado na manhã desta sexta-feira (21), na sede da Autarquia de Urbanização do Recife (URB).
Durante a reunião, a metodologia utilizada pela equipe social do ProMorar também foi explicada aos integrantes do Prezeis. As dinâmicas promovidas junto aos moradores, chamadas de oficinas participativas, são realizadas com o objetivo de entender os problemas de cada comunidade e inserir as soluções nos projetos desenvolvidos. A participação social vai apontar as necessidades de cada local.
Uma das áreas onde a equipe social avançou bastante foi na comunidade de Dancing Days. “Agradeço ao pessoal do social pelo trabalho realizado e também por minha comunidade ser beneficiada pelo ProMorar”, disse Quitéria Bernardo, moradora local. O projeto de urbanização está sendo finalizado após a escuta realizada junto aos moradores, e será apresentado em breve para validação antes do início das obras. “Os investimentos serão realizados em obras de urbanização integrada nas áreas mais alagáveis da cidade e na contenção de encostas com alto risco de deslizamento, além de intervenções importantes no rio Tejipió com as obras de macrodrenagem”, explicou a secretária executiva Beatriz Menezes.
Ao final da plenária do Prezeis, os participantes esclareceram dúvidas sobre o programa e como vão se dar as intervenções urbanísticas. O morador de Jardim Uchoa, Valdir Pequeno, trouxe a situação de risco vivenciada em 2022 durante as chuvas de maio. “É uma área precária e basta chover que a água invade as casas”. Questões como esgotamento sanitário e regularização fundiária também foram trazidas pela moradora de Jardim Uchoa Maria da Penha. Por ser um dos locais mais impactados pelo rio Tejipió, a comunidade aguarda o estudo hidrológico em curso para saber das soluções de prevenção de novos desastres.