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Prefeitura do Recife implanta nova ciclofaixa na Rua da Harmonia

Rota, que terá 2 km de extensão, irá beneficiar, diariamente, cerca de 1,2 mil ciclistas nos bairros de Casa Amarela e Casa Forte. Com novo trecho, malha cicloviária chega a 183 km na cidade. (Foto: Hélia Scheppa/PCR)

Para garantir maior segurança viária para todas as pessoas, a Prefeitura do Recife, por meio da Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) implantou a Ciclofaixa Harmonia, que vai beneficiar os bairros de Casa Amarela e Casa Forte, na Zona Norte da cidade. De acordo com as contagens realizadas pela equipe técnica da CTTU, mais de 1.200 ciclistas serão beneficiados diariamente. Além disso, a CTTU finalizou a implantação de 1 km da Ciclofaixa Jardim São Paulo (2ª Etapa). Com esses equipamentos, o Recife terá 183 km de malha cicloviária.

A nova rota da Harmonia tem 2 quilômetros de extensão e trechos como ciclorrota (onde a velocidade máxima permitida é de 30 km/h e os ciclistas compartilham espaços com os demais veículos) e de ciclofaixa (onde a velocidade máxima permitida é de 40 km/h e o espaço dos ciclistas é demarcado com sinalização viária na rua. O percurso segue pelas ruas da Harmonia, Samuel Lins, Edson Tavares, Jerônimo de Albuquerque e Estrada das Ubaias. 

PEDESTRES – O projeto prevê um tratamento das vias para segurança viária do pedestre. Ao todo, serão feitas manutenções de 10 faixas de pedestres e 29 novas travessias, assim como três peças de urbanismo tático para alargar as calçadas e dar mais espaço para os que andam a pé.

Já a Ciclofaixa Jardim São Paulo, com 1 km de extensão, passa pela Via Canal e pelas ruas Carlos Alberto Valença, Professor Pedro Augusto e Godofredo Luiz Pereira de Lima.

CONEXÃO – O equipamento da Rua da Harmonia será interligado com as ciclofaixas Do Encanamento, Arraial e Ferreira Lopes. Já o de Jardim São Paulo vai se interligar na primeira etapa da Ciclofaixa Jardim São Paulo, levando a cidade a uma conexão de 177,4 km entre todas as áreas (Zona Norte, Centro, Zona Oeste e Zona Sul).

A presidente da CTTU, Taciana Ferreira, destaca a importância da ampliação da malha cicloviária não apenas para garantir a mobilidade ativa, mas também para trazer mais segurança a todos os atores no trânsito. “Precisamos entender que uma rua mais segura para os ciclistas é uma rua mais segura para todas as pessoas. Quando adequamos a velocidade para os ciclistas e redesenhamos a via para pessoas transitarem com segurança, estamos também garantindo uma velocidade adequada para motoristas e motociclistas. Ciclistas, junto aos pedestres, são os mais frágeis no trânsito, então fazemos uma política de segurança viária que prioriza esses atores para beneficiar toda a população”, explica.

As Pesquisas de Origem e Destino realizadas pela Prefeitura do Recife ao longo dos anos indicam que a mobilidade ativa é mais presente na população de menor renda. Em 2021, a Pesquisa OD indicou que, entre os usuários de bicicleta, 54% têm renda de até um salário mínimo e 19% entre um e dois salários mínimos, um indicativo de que o investimento na segurança viária dos ciclistas é, também, evitar que pessoas mais pobres morram no trânsito.

PLANO DIRETOR CICLOVIÁRIO – Ao todo, o Recife já tem 88,23% das rotas pactuadas no plano cumpridas – a meta é que 100% sejam feitas até o final de 2024. As rotas trazem características como a conectividade, o acesso aos principais pontos de interesse e a intermodalidade. É importante lembrar que, ao longo desses anos, toda a política de segurança viária se expandiu e garantiu mais qualidade de vida para todas as pessoas no trânsito. As ações levaram a uma redução de 42% nos sinistros de trânsito entre 2017 e 2021, de acordo com o Relatório de Segurança Viária do Recife, produzido pela CTTU em parceria com a Iniciativa Bloomberg de Segurança Viária Global.

Na área do Recife, o Plano Diretor Cicloviário prevê rotas complementares e metropolitanas. As complementares têm o objetivo de fazer a ligação entre os bairros do Recife como, por exemplo, a da Rua do Futuro, que interliga os bairros da Jaqueira e do Rosarinho, além da Ciclofaixa Amélia, que interliga os bairros da Torre e das Graças. Outras rotas como as da Avenida Arquiteto Luiz Nunes, na Zona Oeste, e a Ciclofaixa Antônio Falcão, na Zona Sul, também são rotas complementares atendidas pela Prefeitura do Recife e pactuadas no Plano Diretor Cicloviário. Ao todo, o Recife conta, hoje, com 183 km de rotas cicláveis, sendo 157,3 vindas do PDC e 177,4 km interligados entre si. Até o final de 2024, mais 67 km do PDC serão cumpridos, além de outros projetos idealizados pela gestão de trânsito.

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