Documentário, que será apresentado no Teatro Apolo, no bairro do Recife, é o registro de oficinas artísticas realizadas com pessoas em situação de vulnerabilidade social. (Foto: Nicole Rodrigues)
As oficinas artísticas “Diários da Praça”, realizadas com pessoas em situação de vulnerabilidade social, na Praça da Independência, no bairro de Santo Antônio, resultaram na produção do documentário “Diários da Praça”, que será lançado nesta sexta-feira (20), às 16h, no Teatro Apolo. A ação é realizada pela Prefeitura do Recife, por meio do Programa Recentro e da Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, em parceria com o coletivo Aurora de Estrelas e a Universidade Católica de Pernambuco (Unicap). O lançamento integra a programação do festival Rec’n’Play, que segue até este sábado (21).
As oficinas foram coordenadas pelo artista visual Manoel Quitério, durante três encontros, e numa parceria com a Unicap. Foram produzidos o documentário e um e-book com as vivências e relatos dos participantes sobre o processo criativo das oficinas. O objetivo da ação foi desenvolver a educação comunitária, formando autonomia criativa dos indivíduos, aumentar a sensação de pertencimento e cooperação comunitária. Essa população é regularmente acompanhada por profissionais da Prefeitura do Recife, através do Serviço Especializado em Abordagem Social de Rua (Seas).
Além disso, a iniciativa estimulou que as pessoas se expressassem através da arte, conectando-as consigo mesmas, resgatando sua auto-estima, através de processos meditativos e de reflexão. As oficinas buscaram identificar seus perfis, preferências, memórias afetivas familiares e possíveis caminhos de reconstrução pessoal.
Segundo a chefe do Gabinete do Centro do Recife, Ana Paula Vilaça, a ação fez parte de uma ativação de ressignificação do espaço da Praça da Independência. “Queremos ressignificar o espaço, que é tão importante para a cidade, e, ao mesmo tempo, resgatar a cidadania das pessoas, conhecer e conscientizar essa população em situação vulnerável sobre seu potencial, incentivar a criatividade e o desenvolvimento da auto estima”, destaca.
Segundo a secretária Ana Rita Suassuna, a atividade reforça o trabalho desenvolvido pelos profissionais do Serviço Especializado de Abordagem Social. “Essa ação é muito valiosa, pois, por meio da atividade artística, pretende resgatar nas pessoas em situação de rua a autoestima e o pertencimento em relação à cidade”, afirma.
SEAS – O Seas realiza a busca-ativa para identificar a incidência de pessoas em situação de rua, trabalho infantil e exploração sexual de crianças e adolescentes. Além disso, o trabalho consiste na tentativa de reintegração com a família, atuando através de sensibilização e orientação, visando resgate da cidadania das pessoas que vivem em vulnerabilidade nas ruas.
As pessoas que aceitam o atendimento são encaminhadas para serviços e equipamentos de referência da rede socioassistencial: Centros Pop, Abrigo Noturno Irmã Dulce, Restaurante Popular e aos serviços realizados na Casa do Pão, que oferece emissão de documentos, inscrição e atualização do Cadastro Único. Além das 16 Casas de Acolhimento e hospedagens sociais distribuídas pelo Município.