Uma reunião, em Brasília, está agendada para esta quarta-feira (06), às 15h, e vai reunir os presidentes nacionais do União Brasil, Luciano Bivar, do PSDB, Bruno Araújo, do Cidadania, Roberto Freire, e do MDB, Baleia Rossi.
Na pauta, está a construção de uma candidatura única do que eles definem como “campo democrático”. Os dirigentes falam em “definir critérios” para decisão dessa candidatura presidencial comum.
O plano ficara pausado durante o período da janela partidária, e volta a ser debatido agora. À coluna, Roberto Freire avalia que “a possibilidade é grande de que isso ocorra”, de que esse conjunto chegue a um denominador comum, como já estava previsto.
Essa seria, inclusive, dizem fontes que acompanham as movimentações, a única forma de o ex-governador João Doria vir a ser convencido a recuar da corrida pelo Planalto.
Em outras palavras, uma escolha desse conjunto não estaria subordinada à prévias do PSDB.
Roberto Freire fez ainda uma avaliação de que os entendimentos “avançaram muito” no sentido de um afunilamento das alternativas em jogo.
“Há uns dois meses atrás, tínhamos, pelo menos, seis opções do chamado campo democrático, dos que não estão nem com Bolsonaro, nem com Lula cotados. Hoje, reduzimos a três opções”.
Roberto Freire enumera: “Você tem Doria, Simonet Tebet e Eduardo Leite”. O dirigente nacional do Cidadania considera ainda que, desses, dois podem até estar juntos em uma chapa.
E pondera: “Você já tem um grande ganho. Você tinha seis, afunilou para três. O processo está muito acelerado”.
Roberto Freire se referiu ainda ao fato de o ex-ministro Sérgio Moro não estar mais no páreo da corrida presidencial após se filiar ao União Brasil.
A referida decisão foi divulgada em nota assinada pelo presidente nacional da legenda, Luciano Bivar, pelo secretário-geral, ACM Neto, e pelo primeiro vice-presidente, Antônio Eduardo de Rueda.
No último sábado, a direção nacional do União Brasil definiu que o projeto de Moro se restringe ao Estado de São Paulo. À coluna, ainda no início de março, Bruno Araújo já havia adiantado haver em curso um “pacto nacional” de candidatura única para corrida presidencial sendo construído pelo MDB, União Brasil e pela federação que compreende o PSDB e o Cidadania.
E avisara: “Vai haver um documento de candidatura única, de unidade e convidando outras forças políticas a integrarem esse conjunto”. Segundo ele, o tema já estava sendo “tratando firmemente, nas presidências desses partidos”.
PT reduz alternativas para Senado
Em Pernambuco, o PT, após a saída de Marília Arraes da sigla, estreitou as possibilidades a serem indicadas para o Senado: de quatro nomes, agora restam dois: os deputados Carlos Veras e Teresa Leitão. Pelas negociações, via conversas informais, o ex-prefeito de Petrolina, Odacy Amorim, estaria com outros planos.
Funil > Nas coxias do PT, o que se fala é que Odacy Amorim deve concorrer a deputado estadual com expectativa de ser um dos mais votados. Em razão disso, se prepara, agora, um consenso que deve resultar de um acordo entre Carlos Veras e Teresa Leitão.
Mira > Nas hostes petistas, não há, no momento, previsão de que o partido abra mão da vaga do Senado na chapa da Frente Popular. Ao contrário, com Marília Arraes vinculando sua imagem a Lula, a proposta é assegurar mesmo presença do PT ao lado de Danilo Cabral para deixar claro qual é o palanque de Lula em PE.
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Fonte: Folha PE
Autor: Renata Bezerra de Melo
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