A Polícia Civil deflagrou, nesta terça-feira (20), a operação Diké, que investiga um caso de “rachadinha” envolvendo um vereador eleito em Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do Recife. A suspeita é de que o parlamentar tenha desviado, pelo menos, R$ 500 mil do salário de assessores e usado o dinheiro para compra de bens e pagamento de contas pessoais.
Segundo o delegado Diogo Melo, adjunto da 1ª Delegacia de Combate à Corrupção – 1ª DECCOR, foram cumpridos 10 mandados de busca e apreensão domiciliar, sete ordens judiciais de afastamento de cargo público, sequestro de bens e bloqueio de ativos financeiros, todos expedidos pelo Juízo da Segunda Vara Criminal da Comarca de Jaboatão dos Guararapes.
“Trata-se de uma investigação que demos início no final de junho [de 2022], após diversas denúncias. Verificamos que um vereador que se elegeu agora exigia que seus assessores repassassem parte do salário, muitas vezes sobre o título de que estaria pagando dívidas da campanha, mas, na verdade, se verificou que ele estava adquirindo bens e ocultando patrimônio”, disse o delegado.
Diogo ainda confirmou que seis servidores faziam parte desse núcleo e eram responsáveis por recolher o dinheiro, comprar bens, realizar as cobranças. Eles estão sendo investigados por rachadinha, conhecida também como crime de peculato, organização criminosa, lavagem de dinheiro. A polícia ainda investiga se há participação de outros assessores.
“Temos elementos suficientes, tanto que foi decretado este afastamento. Temos mais 30 dias para concluir a investigação, analisar todo o material, entre eles celulares, documentação e os bens sequestrados”, contou o delegado.
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