Cerca de 15 pessoas estão sendo investigadas pela Polícia Civil de Pernambuco pelos crimes de fraude em licitações, participação em organização criminosa e lavagem de dinheiro após a deflagração da “Operação Lux”, por intermédio do Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), na manhã desta quarta-feira (15). Essa é a 31ª Operação de Repressão Qualificada realizada pela PCPE.
A operação tem como objetivo identificar e desarticular uma organização criminosa voltada à prática dos crimes de fraude em licitação e lavagem de dinheiro em várias licitações da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf).
De acordo com a PCPE, em coletiva de imprensa, empresas de fachada concorriam entre si e uma das empresas da organização criminosa era a vencedora, dando a falsa impressão de concorrência às licitações, pois as empresas pertencem a um mesmo grupo econômico, comandado por um empresário. Cerca de 150 policiais civis, entre delegados, agentes e escrivães, participaram da execução da operação.
“No ano passado, recebemos uma informação da Chesf que eles haviam identificado um grupo de empresas ligado a uma empresa principal que estava fraudando licitações através do conluio. Eles faziam a simulação da concorrência para fraudar as licitações. Instauramos um inquérito e identificamos seis empresas ligadas a essa empresa principal”, destacou o delegado Diego Pinheiro, presidente da Diretoria Integrada Especializada (Diresp) e titular da 2ª Delegacia de Combate à Corrupção (Deccor).
“Essas seis empresas estavam localizadas apenas em dois endereços. Comprovamos a fraude em quatro licitações cuja os contratos somam mais de R$ 2 milhões e meio. A gente fez o cumprimento da busca, deixamos intimações, marcamos uma data e todos serão interrogados”, acrescentou o delegado.
De acordo com a polícia, 24 mandados de busca e apreensão domiciliar foram cumpridos na manhã desta quarta (15), adicionando provas às investigações e verificandoc a possível participação de algum servidor da Chesf nas fraudes.
Os mandados foram cumpridos no Recife, Camaragibe, Jaboatão dos Guararapes e Paulista, e foram apreendidos celulares, documentos e computadores, que serão analisados pela delegacia.
A “Operação Lux” é supervisionada pela Chefia de Polícia Civil, vinculada à Diretoria Integrada Especializada (Diresp) e sob a Presidência do Delegado de Polícia, Diego Pinheiro, titular da 2ª Deccor. As investigações foram iniciadas em maio de 2021 e tiveram suporte e assessoramento da DINTEL/CIIDS e do Laboratório de Lavagem de Dinheiro – LAB/PCPE.
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