Com o objetivo de cumprir seis mandados de busca e apreensão, a Polícia Federal (PF) em Pernambuco deflagrou, nesta segunda-feira (6), a segunda fase da Operação Zona Cinza. A ação busca prevenir e repreender o comércio e porte ilegais de arma de fogo, cometidos por falsidade ideológica.
Na primeira fase da operação, deflagrada em outubro, um clube de tiro e uma loja de armas vinculados ao mesmo grupo, que estaria ministrando cursos, prestando serviços de conserto, manutenção e customização de armas de fogo foram alvos.
Segundo a PF, são investigados fatos relacionados a possíveis práticas de crimes como pertencimento à organização criminosa de modelo empresarial, falsidade ideológica, uso de documento falso perante a Polícia Federal e o Exército Brasileiro, comércio, aquisição, posse e porte ilegais de armas de fogo, além de incitação ao crime.
Os mandados estão sendo cumpridos em uma residência e no endereço-sede das pessoas jurídicas suspeitas de envolvimento com os fatos na cidade de Caruaru, no Agreste de Pernambuco, e visam a localização de provas complementares para a investigação.
Em outubro de 2021 foi instaurado inquérito policial para apurar as práticas criminosas do grupo. Os membros estariam atuando sem licença da Polícia Federal como armeiros e produzindo documentos ideologicamente falsos em nome de armeiros legalmente credenciados, mas que não mantinham vínculo com essas pessoas jurídicas.
“Ao longo da ação investigativa foi identificada a existência de organização criminosa dedicada à produção de documentos ideologicamente falsos e o uso desses documentos para viabilizar e dar aparência de legalidade tanto ao comércio, quanto ao porte ilegais de armas de fogo. Além disso, o grupo utilizaria pessoas jurídicas como instrumentos para produzir entrevistas, vídeos e outros conteúdos, e difundir em nome delas, sobretudo por meio da internet, publicidades ilegais para a venda, estimulando o uso indiscriminado de armas de fogo e incitando a prática de crimes”, destacou a PF, em nota.
Investigados poderão responder na medida de suas responsabilidades. As penas, se somadas, podem alcançar 30 anos de reclusão e multa.
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