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Eleição presidencial vem sendo marcada por casos de violência política

Um apoiador do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confessou ter matado um apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL) em Itanhaém, litoral de São Paulo, após uma discussão política. O caso foi confirmado pela Polícia Civil paulista à BBC News Brasil.

“Um homem, de 42 anos, foi preso em flagrante após matar outro, de 59, na tarde desta terça-feira (4/9), na Av. Santo André, em Itapel, Itanhaém, no litoral paulista”, disse a polícia em um comunicado.

“Policiais militares foram acionados para ocorrência de agressão e, no local, apuraram que a vítima foi esfaqueada após uma discussão política. O Samu foi acionado e constatou a morte. Foi solicitado perícia ao local e a faca apreendida, além de exame de IML à vítima. O caso foi registrado como homicídio na DIG de Itanhaém.”

Segundo o jornal Folha de S.Paulo, o eletricista Luiz Antonio Ferreira da Silva disse em depoimento que a briga começou após o estilista José Roberto Gomes Mendes afirmar que “todo petista é ladrão”. No momento do ocorrido, os dois almoçavam na casa onde moravam juntos.

Silva teria então respondido: “Você está comendo a comida que o petista comprou”, segundo a Folha. Ele afirmou que foi atacado com uma faca e que usou a mesma arma ao reagir em meio a uma luta corporal.

De acordo com o portal G1, o boletim de ocorrência aponta que os “motivos e quantidades de facadas descartam, por ora, o eventual reconhecimento de legítima defesa” por parte de Silva.

Outros casos

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O guarda municipal Marcelo Arruda foi morto a tiros por apoiador de Bolsonaro

Este é o quinto assassinato por possível motivação política ocorrido nestas eleições.

Em julho, um apoiador de Bolsonaro, o policial penal Jorge Guaranho, de 38 anos, matou a tiros o guarda municipal Marcelo Arruda, que comemorava o aniversário de 50 anos com uma festa alusiva ao PT em Foz do Iguaçu, no Paraná.

Em setembro, o trabalhador rural Rafael Silva de Oliveira, de 24 anos, apoiador de Bolsonaro, matou a facadas Benedito Cardoso dos Santos, de 42 anos, em Confresa, no interior do Mato Grosso, após uma discussão sobre política. Santos apoiava Lula, segundo disse Oliveira à Justiça.

No mesmo mês, em Cascavel, no Ceará, Edmilson Freire da Silva, apoiador de Bolsonaro, entrou em um bar perguntando quem era eleitor de Lula e esfaqueou o caseiro Antônio Carlos Silva de Lima, que disse votar no ex-presidente.

Ainda em setembro, um apoiador de Bolsonaro, Hildor Henker, foi esfaqueado por um apoiador do PT em uma briga em uma bar em Rio do Sul, no interior de Santa Catarina. Segundo informações da polícia, os homens teriam começado a discutir por conta de “política e desavenças familiares antigas”.

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