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Pelé pelas letras dos escritores

Era impossível ver Pelé e se contentar apenas em guardar para si tamanha admiração pelo Rei do futebol. Por isso, diversos escritores que tiveram a honra de acompanhar o maior jogador de todos os tempos desfilar o talento pelos gramados trataram de fazer o que pode parecer impossível: transcrever a genialidade em palavras.

A primeira vez que Pelé foi chamado de “Rei do futebol“, por incrível que pareça, foi em 1958, após um duelo entre Santos e América/RJ. O Peixe ganhou por 5×3 – todos os gols marcados pelo jovem de apenas 17 anos.

Na crônica “A realeza de Pelé”, o jornalista pernambucano Nelson Rodrigues não se conteve nos elogios.


“Pelé leva sobre os demais jogadores uma vantagem considerável — a de se sentir rei, da cabeça aos pés.

Quando ele apanha a bola e dribla um adversário, é como quem escorraça um plebeu ignaro e piolhento. É um menino, um garoto. Se quisesse entrar num filme da Brigitte Bardot, seria barrado. Mas, reparem: é um gênio indubitável! Pelé podia virar-se para Michelangelo, Homero ou Dante e cumprimentá-los com íntima efusão:’Como vai, colega?'”.

“O difícil, o extraordinário, não é fazer mil gols como Pelé. É difícil fazer um gol como Pelé. Aquele gol que gostaríamos tanto de fazer, que nos sentimos maduros para fazer, mas que diabolicamente, não se deixa fazer”, declarou certa vez o escritor Carlos Drummond de Andrade.

“Quando Pelé ia correndo, passava através dos adversários como um punhal. Quando parava, os adversários se perdiam nos labirintos que suas pernas desenhavam. Quando saltava, subia no ar como se o ar fosse uma escada”, escreveu o escritor uruguaio Eduardo Galeano. “Pelé era bom até amarrando a chuteira”, brincou o cronista gaúcho Luís Fernando Veríssimo.

Livros e filmes

Os feitos de Pelé também foram contados em livros, filmes e documentários. A Folha de Pernambuco cita abaixo algumas obras para conhecer mais sobre o Rei do futebol.

“Eu sou Pelé” (1961) –  Editora Francisco Alves – Autor: Benedito Ruy Barbosa


Pelé. A autobiografia (2006) – Editora Sextante – Autor: Pelé


Pelé: A importância do futebol (2014) – Editora Realejo – Autor: Pelé e Bria Winter


Pelé: Estrela Negra em Campos Verdes (2008) – Editora Garamond – Autora: Angela Basthi


De casaca e chuteira – A Era dos Grandes Dribles na Política, Cultura e História (2020) – Editora Folha do Meio – Autor: Silvestre Gorgulho


Pelé: O atleta do século (2020) – Editora: Abril – Autor: Sérgio Xavier Filho

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Fonte: Folha PE

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