-
Início
-
Comunicação
-
Notícias
-
Pacto pela Vida: MPPE e Governo do Estado garantem acompanhamento dos acordos de não persecução penal
Destaques do MPPE
- Detalhes
- Escrito por Miguel Rios Machado
- Categoria: Notícias
-
-
-
Acessos: 10
Também foi assinado Decreto Estadual que prevê punição aos atos de LGBTQI fobia, misoginia e racismo nos eventos esportivos.
08/09/2022 – O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) participou, nesta quinta-feira (08), de reunião oficial do Pacto Pela Vida. Na ocasião, o procurador-geral de Justiça, Paulo Augusto de Freitas Oliveira, realizou a assinatura de Termo de Cooperação Técnica e Compromisso para Acompanhamento e Fiscalização do Cumprimento dos Acordos de Não Persecução Penal (ANPP) com a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH).
O ato de assinatura contou com a participação do secretário de Justiça e Direitos Humanos, Cloves Benevides, e da coordenadora do Centro de Apoio Operacional Criminal (CAO Criminal), Ângela Cruz. Também estiveram presentes o assessor-técnico da Procuradoria-Geral de Justiça (ATPGJ), Luís Sávio Loureiro, e a coordenadora do Núcleo de Direitos LGBT, Carolina Moura.
A iniciativa viabilizará o acompanhamento e fiscalização do cumprimento das condições estabelecidas nos acordos de não persecução penal com atribuições bem definidas para a SJDH – por meio da Central de Apoio e Acompanhamento das Penas e Medidas Alternativas (CEAPA) – e para o Ministério Público. O prazo de vigência do convênio é de 36 meses, a contar da data da sua assinatura, podendo ser prorrogado na forma da Lei.
“Essa medida é de essencial importância para o Ministério Público, pela relevância, pelo protagonismo do Ministério Público no âmbito do Acordo de Não Persecução Penal e também para a efetivação e fiscalização do cumprimento desses acordos em mais um incentivo às medidas alternativas penais de não judicialização. De uma Justiça Penal feita e realizada de forma diferenciada do sistema acusatório comum”, explicou Ângela Cruz.
Ainda no âmbito do Pacto, também foi celebrada a assinatura pelo governador do Estado, Paulo Câmara, de Decreto Estadual que prevê punição aos atos de LGBTfobia, misoginia e racismo nos eventos esportivos. A regulamentação da lei 17.522/2021 vem cumprir mais uma das etapas do projeto de planejamento estratégico institucional “Jogo aberto contra o preconceito”. “Esperamos que, a partir de agora, possamos punir aqueles que ainda insistem em confrontar o que já deve ser uma realidade para todos: o respeito às pessoas independente da sua raça, do seu gênero e de suas ideias”, enfatizou o PGJ.
A lei prevê penalidades administrativas aplicáveis em razão de atos de racismo, LGBTQI fobia, bem como de atos discriminatórios ou ofensivos contra a mulher, praticados em estádios de futebol, ginásios e demais locais onde são realizados eventos esportivos em Pernambuco. Ela também institui diretrizes para o Poder Público no combate ao assédio sexual nestes locais.
“Nós vamos seguir forte com o projeto, alcançando novas etapas, alcançando também outras modalidades esportivas além de futebol, basquete e natação. Agregando assim esse pioneirismo no Estado de Pernambuco em regulamentar essa infração administrativa”, destacou Carolina Moura.
Destaques Notícias
-
Pacto pela Vida: MPPE e Governo do Estado garantem acompanhamento dos acordos de não persecução penal
Também foi assinado Decreto Estadual que prevê punição aos atos de LGBTQI fobia, misoginia e racismo nos eventos esportivos.
08/09/2022 – O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) participou, nesta quinta-feira (08), de reunião oficial do Pacto Pela Vida. Na ocasião, o procurador-geral de Justiça, Paulo Augusto de Freitas Oliveira, realizou a assinatura de Termo de Cooperação Técnica e Compromisso para Acompanhamento e Fiscalização do Cumprimento dos Acordos de Não Persecução Penal (ANPP) com a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH).
O ato de assinatura contou com a participação do secretário de Justiça e Direitos Humanos, Cloves Benevides, e da coordenadora do Centro de Apoio Operacional Criminal (CAO Criminal), Ângela Cruz. Também estiveram presentes o assessor-técnico da Procuradoria-Geral de Justiça (ATPGJ), Luís Sávio Loureiro, e a coordenadora do Núcleo de Direitos LGBT, Carolina Moura.
A iniciativa viabilizará o acompanhamento e fiscalização do cumprimento das condições estabelecidas nos acordos de não persecução penal com atribuições bem definidas para a SJDH – por meio da Central de Apoio e Acompanhamento das Penas e Medidas Alternativas (CEAPA) – e para o Ministério Público. O prazo de vigência do convênio é de 36 meses, a contar da data da sua assinatura, podendo ser prorrogado na forma da Lei.
“Essa medida é de essencial importância para o Ministério Público, pela relevância, pelo protagonismo do Ministério Público no âmbito do Acordo de Não Persecução Penal e também para a efetivação e fiscalização do cumprimento desses acordos em mais um incentivo às medidas alternativas penais de não judicialização. De uma Justiça Penal feita e realizada de forma diferenciada do sistema acusatório comum”, explicou Ângela Cruz.
Ainda no âmbito do Pacto, também foi celebrada a assinatura pelo governador do Estado, Paulo Câmara, de Decreto Estadual que prevê punição aos atos de LGBTfobia, misoginia e racismo nos eventos esportivos. A regulamentação da lei 17.522/2021 vem cumprir mais uma das etapas do projeto de planejamento estratégico institucional “Jogo aberto contra o preconceito”. “Esperamos que, a partir de agora, possamos punir aqueles que ainda insistem em confrontar o que já deve ser uma realidade para todos: o respeito às pessoas independente da sua raça, do seu gênero e de suas ideias”, enfatizou o PGJ.
A lei prevê penalidades administrativas aplicáveis em razão de atos de racismo, LGBTQI fobia, bem como de atos discriminatórios ou ofensivos contra a mulher, praticados em estádios de futebol, ginásios e demais locais onde são realizados eventos esportivos em Pernambuco. Ela também institui diretrizes para o Poder Público no combate ao assédio sexual nestes locais.
“Nós vamos seguir forte com o projeto, alcançando novas etapas, alcançando também outras modalidades esportivas além de futebol, basquete e natação. Agregando assim esse pioneirismo no Estado de Pernambuco em regulamentar essa infração administrativa”, destacou Carolina Moura.
-
Atendimento do MPPE funcionará em regime de plantão no dia 7 de setembro
06/09/2022 – O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) vai funcionar em regime de plantão nesta quarta-feira (7), das 13h às 17h, em razão do feriado do Dia da Independência do Brasil, conforme Portaria PGJ nº POR-PGJ Nº 3.466/2021. Dessa forma, os atendimentos devem ser realizados remotamente por e-mail e as demandas urgentes devem ser encaminhadas ao promotor de Justiça plantonista, que atua das 13h às 17h, nos termos da Resolução RES-CPJ nº006/2017.
Segue abaixo como contatar cada uma das Circunscrições e as unidades do MPPE na Capital.
Afogados da Ingazeira: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Cabo de Santo Agostinho: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Nazaré da Mata: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Vitória de Santo Antão: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Jaboatão dos Guararapes: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Serra Talhada: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
Ouvidoria – O cidadão também pode entrar em contato com o MPPE, para registrar denúncias, reclamações, sugestões, críticas e elogios, através da Ouvidoria, no site do MPPE, por meio do formulário https://bit.ly/ouvidoriamppe-manifestacao, e pelo assistente virtual Audivia: no site do MPPE ou pelo messenger do Facebook da Ouvidoria do MPPE.
-
MPPE promove inspeção para diagnosticar pontos de atenção no Complexo do Curado; acompanhamento das providências será realizado semanalmente
06/09/2022 – Dez anos após surgir como resultado da divisão do antigo presídio Aníbal Bruno em três unidades -presídio Frei Damião de Bozzano (PFDB), presídio Juiz Antônio Luiz Lins de Barros (PJALLB) e presídio ASP Marcelo Francisco de Araújo (PAMFA)-, o Complexo Prisional do Curado, na Zona Oeste do Recife, segue como o maior desafio do sistema prisional pernambucano. Promotores de Justiça que integram o Grupo de Atuação Conjunta Especializada (GACE) de Execução Penal e Direitos Humanos inspecionaram, na manhã dessa segunda-feira (5), as unidades prisionais, que somam um total de 6.393 detentos, a fim de averiguar as providências adotadas pelo poder público para responder à situação de superlotação e deficiências estruturais que violam a integridade física, a saúde e os direitos fundamentais dos apenados.
“Estamos aqui para atualizar os diagnósticos que já foram colhidos pelos promotores de Justiça José Edivaldo da Silva, que atua perante a Vara de Execução Penal, e Maxwell Vignoli, da Promotoria de Defesa dos Direitos Humanos, ambos integrantes deste grupo. De início, no diálogo com os diretores da unidade tomamos conhecimento de um pequeno avanço: há 15 dias o Complexo do Curado não recebe novos detentos, em cumprimento a uma decisão do Conselho Nacional de Justiça. Isso vai se refletir, gradualmente, na diminuição da população carcerária, pois constatamos que vários internos podem ter a sua progressão de pena ou serem direcionados para outras unidades”, explicou o coordenador do GACE, promotor de Justiça Rinaldo Jorge da Silva.
Já o promotor de Justiça José Edivaldo da Silva ressaltou que o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) está se articulando para realizar, em parceria com o Tribunal de Justiça e a Defensoria Pública, um mutirão focado nos processos dos presos que cumprem pena no Complexo do Curado. A expectativa é destravar os procedimentos de presos provisórios, presos cujos processos já foram concluídos e aqueles que já possuem direito a progressão de pena. O MPPE requisitou aos diretores das unidades um relatório sobre os apenados que se encontram nessas situações.
“Vamos trabalhar para que os processos tenham uma duração razoável e que as pessoas que aqui se encontram não passem suas vidas dentro do sistema prisional, tendo seus direitos e garantias fundamentais violados”, acrescentou.
Do ponto de vista estrutural, que engloba tanto as instalações físicas das unidades prisionais quanto a oferta de serviços de saúde e educação, os promotores de Justiça inspecionaram os pontos mais críticos das unidades, que sofrem com a precariedade das instalações e o excesso populacional.
“É muito importante, por exemplo, que a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos forneça plantas atualizadas das unidades, produzidas por um engenheiro, para pautarmos uma melhoria estrutural para dar segurança e integridade física aos internos. No que diz respeito à saúde, as unidades passaram a contar, nos últimos anos, com os serviços de Unidades Básicas de Saúde, geridas pela Secretaria de Saúde (SES). Essa transição foi considerada positiva pelos diretores. Porém, ainda há uma dificuldade com relação ao atendimento noturno”, ressaltou Maxwell Vignoli.
O promotor de Justiça de Defesa dos Direitos Humanos declarou ainda que solicitou informações à Secretaria de Educação sobre a manutenção das unidades de ensino dentro das unidades prisionais.
Outros temas apontados como prioritários pela Corte Interamericana de Direitos Humanos na Resolução de 28 de novembro de 2018 também foram abordados, a exemplo do cuidado com a população LGBTQIA dentro das unidades prisionais; a promoção da liberdade culto, com foco especial na proteção aos praticantes de religiões de matriz africana; e a aplicação das sanções disciplinares contra os apenados.
Os membros do GACE solicitaram, ao longo da inspeção, informações aos diretores das três unidades. A superlotação, a falta de policiais penais e a ociosidade dos presos foram apontados como os principais desafios por Fabiano dos Santos, diretor do PAMFA.
Também participaram da inspeção de hoje os promotores de Justiça Luís Sávio Loureiro da Silveira e Raul Lins Bastos Sales. Também integram o GACE os promotores de Justiça Fernando Falcão Ferraz Filho e Roberto Brayner Sampaio. Os sete membros do MPPE vão se reunir semanalmente para articular a atuação e acompanhar, em formato de rodízio, as inspeções periódicas ao Complexo do Curado em parceria com os demais órgãos do Sistema de Justiça, como o Tribunal de Justiça e a Defensoria Pública.
Direitos Humanos – a situação de violação dos Direitos Humanos dos reeducandos que cumprem pena no Complexo Prisional do Curado foi acompanhada pela Corte Interamericana de Direitos Humanos. O órgão enumera, na Resolução de 28 de novembro de 2018, uma série de providências que o Estado brasileiro deve seguir para reduzir a superlotação no Complexo do Curado, assegurar atenção médica, respeito à vida e à integridade física dos apenados, bem como proteger grupos vulneráveis, como a população LGBTQIA e praticantes de religiões de matriz africana.
Com base nessa Resolução, o Conselho Nacional de Justiça decidiu que o Estado de Pernambuco deve reduzir, no prazo de oito meses, em 70% o excedente de internos no Complexo do Curado.