Um homem carregando armas e um carregador de alta capacidade foi preso do lado de fora de um comício do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump neste sábado (12/10), na Califórnia. A informação foi confirmada pela polícia local.
Vem Miller, 49, foi preso perto de um posto de controle próximo do comício Coachella. Ele foi parado e, durante a revista, a polícia percebeu que ele possuía vários passaportes e carteiras de motorista com nomes diferentes, além de uma placa falsa.
Segundo a polícia, Miller tentou entrar no evento dizendo ser jornalista.
O incidente “não afetou a segurança do ex-presidente Trump ou dos participantes do evento”, afirma a polícia.
O xerife do condado de Riverside, Chad Bianco, afirmou que os policiais “provavelmente impediram uma tentativa de assassinato, mas o suspeito era um lunático.”
Chad Bianco acrescentou que pode ser impossível provar que a intenção do homem era realizar algum ataque.
Segundo o xerife, Vem Miller “possivelmente participa de um grupo de extrema-direita chamado Sovereign Citizens (Cidadãos Soberanos).”
Em entrevista à imprensa, Bianco afirmou que a placa do carro “indica que Miller faz parte de um grupo de indivíduos que afirmam ser cidadãos soberanos”.
“Eu não diria que é um grupo militante. É apenas um grupo que não acredita no governo e no controle governamental”, diz ele. “Eles não acreditam que o governo e as leis se apliquem a eles.”
A polícia da Califórnia informou que o FBI e o Serviço Secreto dos Estados Unidos vão participar das investigações.
Na avaliação de Peter Bowes, correspondente da BBC News nos Estados Unidos, o episódio “escancara mais uma vez, a intensa operação de segurança em torno de Donald Trump e os perigos que o ex-presidente enfrenta, faltando pouco mais de três semanas para as eleições.”
Trump tenta voltar à Casa Branca nas próximas eleições de novembro. Ele disputa contra a atual vice-presidente, Kamala Harris.
Na ocasião, Trump ficou ferido na orelha quando Thomas Matthew Crooks disparou contra ele, durante discurso para o público, com um rifle tipo AR-15 do telhado de um prédio próximo.
O tiroteio matou um apoiador de Trump, enquanto Crooks, de 20 anos, foi morto no local por um atirador do Serviço Secreto.
O suspeito se chama Ryan Wesley Routh, um ativista pró-Ucrânia de cerca de 50 anos.
Dias depois, promotores dos EUA acusaram o homem de tentativa de assassinato de um candidato presidencial. Segundo a Promotoria, meses antes, Routh havia escrito uma nota dizendo que ele pretendia matar Trump.
Ele pode ser condenado a 20 anos de prisão.
Fonte: BBC
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