- Author, James Clayton
- Role, Repórter de tecnologia da BBC
O criador do ChatGPT pediu aos legisladores dos Estados Unidos que regulamentem a inteligência artificial (IA).
Sam Altman, CEO da OpenAI, a empresa por trás do ChatGPT, falou no Senado dos EUA na terça-feira (16/05) sobre as possibilidades – e armadilhas – da nova tecnologia.
Em poucos meses, vários modelos de IA entraram no mercado.
Altman disse que uma nova agência governamental deveria ser criada para licenciar empresas de IA.
O ChatGPT e outros programas similares podem criar respostas incrivelmente humanas para perguntas – mas também podem ser extremamente imprecisos.
Altman, de 38 anos, se tornou uma espécie de porta-voz dessa indústria em expansão. Ele não se esquivou de abordar as questões éticas levantadas pela IA e pressionou por mais regulamentação.
Ele disse que o advento da IA pode ser “tão grande quanto o da imprensa”, mas reconheceu seus potenciais danos.
Ele também admitiu o impacto que a IA pode ter na economia, incluindo a possibilidade de que essa tecnologia substitua alguns empregos, levando a demissões em determinados campos.
“Haverá um impacto nos empregos. Tentamos ser muito claros sobre isso”, disse ele.
Alguns senadores argumentaram que novas leis são necessárias para tornar mais fácil para as pessoas processarem a OpenAI.
Altman disse aos legisladores que estava preocupado com o impacto potencial na democracia e como a IA poderia ser usada para enviar desinformação direcionada durante as eleições.
Ele deu várias sugestões de como uma nova agência nos EUA poderia regular o setor – incluindo a concessão ou retirada de licenças para empresas de IA.
O empresário também disse que empresas como a OpenAI devem ser auditadas de forma independente.
O senador republicano Josh Hawley disse que a tecnologia pode ser revolucionária, mas também a comparou à invenção da “bomba atômica”.
O senador democrata Richard Blumenthal observou que um futuro dominado pela IA “não é necessariamente o futuro que queremos”.
“Precisamos maximizar o bem sobre o mal. O Congresso tem uma escolha agora. Tivemos a mesma escolha quando enfrentamos as redes sociais. Não conseguimos aproveitar esse momento”, alertou.
O que ficou claro no Senado é que há apoio bipartidário para um novo órgão para regular o setor.
No entanto, a tecnologia está se movendo tão rápido que os legisladores também se perguntam se tal agência seria capaz de acompanhar.
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