O ambiente de tensão e rachas políticos em que ocorre ataque contra Cristina Kirchner

O ataque contra a vice-presidente Cristina Kirchner é visto por muitos como a expressão mais grave de um processo tensão crescente na Argentina.

Um homem de origem brasileira tentou atirar contra Cristina diante do prédio onde ela mora, em Buenos Aires. A arma não disparou.

Segundo a polícia, ele segue páginas extremistas nas redes sociais e guardava munição em casa.

A Argentina está há quase duas décadas sob forte polarização.

De um lado estão os kirchneristas, apoiadores da corrente populista que governou o país entre 2003 e 2015 e integra o peronismo, movimento que predomina na política do país há sete décadas. Cristina é um símbolo por ser viúva de Néstor Kirchner e ela própria ex-presidente.

Do outro estão anti-kirchneristas, em especial o grupo alinhado ao ex-presidente de centro-direita Mauricio Macri, que repudiou o ataque.

A animosidade chegou ao auge depois que um promotor pediu que Cristina seja condenada a 12 anos de prisão e impedida de ocupar cargos públicos por um suposto esquema de corrupção.

Desde então, o bairro onde ela mora, a Recoleta, vinha sendo palco de protestos contra e a favor. Em 27 de agosto, um deles terminou com 14 policiais feridos e 3 pessoas detidas.

Neste vídeo, nossa repórter Camilla Veras Motta explica em três pontos o ambiente de tensão que, para muitos no país, culminou com a ataque frustrada a Cristina Kirchner.

Confira.