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No radar da Fórmula 1, brasileiro Felipe Drugovich pode ser campeão da Fórmula 2 em Monza

O tradicional autódromo de Monza, na Itália, pode ser o palco, neste fim de semana, do título do brasileiro Felipe Drugovich na Fórmula 2. Líder do campeonato com 69 pontos de vantagem para o vice, o francês Théo Pourchaire, o paranaense de 22 anos está muito perto de coroar a ascensão da sua carreira nas pistas e conquistar o primero título de um brasileiro na categoria de acesso à Fórmula 1 desde quando Bruno Junqueira ganhou a Fórmula 3, em 2000. 

O brasileiro da equipe MP Motorsport tem 233 pontos contra 164 de Pourchaire, da ART Grand Prix. Em Monza, Drugovich terá dois “match point” para alcançar o título. O primeiro será a corrida sprint marcada para 13h (de Brasília) do sábado (10). O segundo é no domingo (11): a corrida principal, que terá largada às 5h05 (de Brasília). 

Com duas etapas ainda em aberto na temporada, o máximo que Pourchaire poderia fazer seriam 78 pontos – a vantagem de Drugovich é de 69. Para manter as chances de título, o francês precisaria chegar ao domingo com uma desvantagem de, no máximo, 65 pontos. Pourchaire teria então que terminar a sprint race do sábado ao menos duas posições à frente do brasileiro, caso vença ou seja o segundo colocado. 

O momento atual é favorável para Felipe Drugovich, que vem embalado, ao contrário do rival francês. Após vencer a corrida principal em Budapeste, na Hungria, no final de julho, Pourchaire fez apenas cinco pontos nas duas etapas seguintes, enquanto o brasileiro marcou 53. O piloto da MP inclusive teve um fim de semana quase perfeito na última etapa, na Holanda. No domingo, fez 27 pontos com a vitória e a pole position.

Na Fórmula 2, criada como GP2 em 2005, o Brasil já teve Nelsinho Piquet, Lucas di Grassi, Bruno Senna e Luiz Razia como vice-campeões. Seria o primeiro de um brasileiro no atual formato. 

A etapa de Monza da F2 será exibida pelo canal fechado BandSports e gratuitamente no site da Band e aplicativo Bandplay. Em TV aberta, a Band mostrará flashes da sprint no sábado, a partir das 13h30, e a corrida do domingo na íntegra, a partir das 4h45

A última etapa da temporada será em Yas Marina, nos Emirados Árabes Unidos, entre 18 e 20 de novembro.


 

Drugovich venceu em Mônaco, um dos principais circuitos do automobilismo mundial (Foto: Reprodução/Twitter)



Currículo


Drugovich nasceu em 2000, em Maringá, no Paraná, e tem família com forte ligação com o automobilismo. Ele iniciou a carreira no kart, em 2008, com apenas 8 anos. O brasileiro começou a disputar corridas internacionais da categoria em 2013.

Em seu currículo, Felipe acumula disputas na Fórmula 4 na Alemanha, FIA F3 e Euroformula Open. Em 2018, sagrou-se campeão da MRF Challenge. Na Euroformula F3 Open, no mesmo ano, ele foi campeão com um espetacular desempenho de 14 vitórias em 16 corridas

Promoção?


No radar da Fórmula 1, Drugo pode ser o primeiro brasileiro no grid da principal categoria do automobilismo mundial desde 2017, quando Felipe Massa deixou as pistas. 

Apenas o holandês Nyck de Vries, entre os campeões do atual formato da F2, que começou a ser usado em 2017, não chegou a ser promovido à F1. Atual campeão, Oscar Piastri assinou com a McLaren. Vencedores anteriores, Charles Leclerc e George Russell estão atualmente entre os melhores da categoria principal, na Ferrari e Mercedes, respectivamente.


 

Brasileiro corre pela MP Motorsports (Foto: Reprodução)

O brasileiro segue em conversas com as escuderias da F1 em busca da sonhada vaga. Recentemente, a imprensa especializada ventilou que Drugovich chegou a ser especulado para a vaga ao lado de Alexander Albon no grid de 2023 na Williams. A Aston Martin negocia vaga de piloto de desenvolvimento. 

Drugovich também pode ir para a Alpine, segundo o site alemão Automotor und Sport, onde assumiria a vaga do bicampeão mundial Fernando Alonso, que deixará a equipe no final do ano. E na Red Bull, o brasileiro foi visto conversando com o diretor Helmut Marko, mas sem detalhes. 

Em entrevista à Band, Drugovich alegou que pretende correr na Fórmula 1, mas reconheceu que é algo complicado. “Estou tentando. Acho que estou fazendo o máximo que eu posso para, realmente, ter uma vaga no ano que vem, o que é muito difícil. Mas vai dar tudo certo”, declarou o brasileiro.


 

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Fonte: Folha PE

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