Recife é a única parada brasileira da embarcação, que está dando a volta ao mundo, percorrendo 30 países, numa missão para acabar com a poluição de plásticos nos oceanos. Na cidade haverá capacitação de entidades e empresas sobre reciclagem e soluções sustentáveis
O navio Plastic Odyssey está numa missão de volta ao mundo de três anos, percorrendo e aportando em 30 países para reduzir a poluição do plástico nos oceanos. O Recife é a primeira etapa da missão na América Latina e única cidade brasileira a receber o projeto. O Navio chegou na última sexta-feira (28) e permanece até 25 de maio no Porto do Recife. Os pesquisadores vão trocar experiências com empreendedores locais de reciclagem para desenvolver soluções sustentáveis contra a poluição e oferecer treinamento técnico para empreendedores de reciclagem.
O navio partiu do porto de Marselha, na França, em outubro do ano passado, e após passar pelo continente africano, chegou ao Recife, única cidade brasileira a receber a missão.
A equipe do projeto destaca que a conscientização sobre a poluição plástica é fundamental para construir um mundo mais sustentável. E por isso de 5 a 15 de maio promoverá uma exposição sobre alternativas ao plástico. O navio transporta a exposição “Baús do Tesouro” de uma escala para outra: uma biblioteca de soluções e objetos de todo o mundo para substituir o plástico. A exposição nômade é enriquecida com novos objetos a cada parada e possibilita promover as soluções descobertas pela expedição em cada local que chega. O acervo será complementado pelas iniciativas brasileiras de redução e descobertas durante a escala em Recife. A exposição é gratuita e aberta a todos na Casa Zero (rua do Bom Jesus, 237), a partir das 14h.
Também haverá visitação de estudantes de três escolas municipais do Recife à Embarcação nos dias 9 e 10, cerca de 90 alunos das Escolas Municipais. Para a Gerente de Ativação do Recentro, Larissa Maynara Cruz, destacou que o Recife está alinhado com as pautas ambientais e considera uma ótima oportunidade de empreendedores trocarem experiências com os participantes do Navio Plastic Odyssey. “Além disso, despertar nos jovens das escolas municipais que conhecerão o projeto a consciência ambiental”, afirmou.
A equipe da expedição oferecerá um programa de treinamento em técnicas de reciclagem para equipes locais, contribuindo assim para o desenvolvimento de habilidades e a promoção de uma gestão sustentável de resíduos plásticos. Segundo o CEO da expedição, Simon Bernard, com a reciclagem do plástico pode ser desenvolvido um modelo econômico sustentável.
Durante toda a estadia, as equipes de exploradores da Plastic Odyssey conhecerão iniciativas de campo para valorizar e transformar resíduos plásticos em recursos, graças à engenhosidade de técnicas alternativas.
Após essa escala no Brasil, a equipe da expedição Plastic Odyssey seguirá para a Guiana Francesa e depois para o Caribe e continuará até o final de 2023 para descobrir iniciativas na América Central e Latina. O navio será um embaixador da luta contra a poluição plástica nesses continentes. A equipe da embarcação quer de criar uma rede global de soluções para conter a poluição plástica.
PARCEIROS DE ESCALA – A Prefeitura do Recife, por meio do Programa Recentro, é parceira da escala da Odisseia Plástica no Brasil e acompanha a expedição em toda a escala. A direção do Recentro se envolveu na preparação para a chegada do navio Plastic Odyssey.
A L’Occitane en Provence, principal parceira da expedição, está empenhada em limitar ao máximo o impacto das suas actividades no ambiente, implementando estratégias locais em cada uma das suas filiais. Com uma forte presença no Brasil, a filial da L’Occitane contribuiu para a organização desta escala e co-liderou várias ações de sensibilização e comunicação públicas e privadas em torno das actividades do navio-laboratório. A iniciativa conta com os apoios do Capitania dos Portos, Lacman e Porto do Recife.