Antônio é nome de santo. Santo Antônio, batizado como Fernando Martim de Bulhões e Taveira Azevedo. Entre todos os santos é o mais popular. Conhecido como de Lisboa, por lá ter nascido, em 15 de agosto de 1195. Bem próximo da Sé, onde hoje está museu e capela que lhe é dedicada. Sua devoção era tão grande que o Papa Pio XI o elevou a segundo padroeiro de Portugal (em 1934).
Junto com Nossa Senhora da Conceição, nomeada em 1646 por D. João IV (O Restaurador). Tanto era seu prestígio que nossa vila, mais tarde capital da capitania de Pernambuco, nasceu como Santo Antônio do Recife. E, com todos os méritos, acabou sendo nosso padroeiro oficial. Junto com Nossa Senhora do Carmo – co-padroeira, por decreto do Papa Bento XV, em 12 de novembro de 1918. Mas o Santo é também conhecido como de Pádua.
Por ter morrido nesta cidade, em 13 de junho de 1231. A festa em homenagem a ele ocorre nesse dia porque a tradição católica celebra sobretudo as datas de morte dos seus santos e mártires (com a única exceção de São João Batista). É considerado Santo Casamenteiro. Tem até pregão popular, em Portugal, que diz: “Santo Antoninho, santo Antoninho, arranja-me já um maridinho”.
Tudo muito bem. Só que, a partir de agora, Antônio será muito mais que apenas um Santo digno de devoção. Porque nasceu, e ganhou esse nome, um neto. Filho de Paula e José. Mais um presente de Deus, que nos caiu do céu. Agora são quatro – Luiza, Leticia, José e Antônio. “Como dois e dois são quatro/ Sei que a vida vale a pena”, como no poema de Ferreira Goulart (em Dois e dois são quatro).
Antônio vem do latim Antonius que significa valioso, de valor inestimável. E é exatamente o que ele já representa, para todos à sua volta. Dizem até que os que têm esse nome são sempre inteligentes, sensíveis, bons, criativos, otimistas. O meu instinto de avó pressente, nele, tudo isto. E muito mais.
Sem contar que é também lindo e muito calmo. Ele fará o seu próprio caminho. Guiado por seus pais e em companhia do irmão. Até porque “Caminhante, não há caminho/ Caminho se faz ao andar/ Caminhante não há caminho/ Apenas estrelas no mar”, segundo um poeta espanhol que tem seu nome, Antonio Machado (em Provérbios e Cantares).
O poeta falava na Estrela Polar; que, nos países acima do Equador, guia os viajantes no mar. Quem me dera poder ser no seu caminho, Antônio querido, aquela estrela no céu “Que arde no eterno azul, como uma eterna vela” (Machado de Assis em Círculo Vicioso). Viva Antônio!!!
Fonte: Folha PE
Autor: Letícia Cavalcante