O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e a Defensoria Pública do Estado de Pernambuco (DPPE) requereram à Justiça que a Prefeitura de Sanharó seja condenada ao pagamento de R$ 10 milhões em danos morais coletivos e à reserva do mesmo valor para reparação por danos materiais e morais individuais aos moradores diretamente afetados pelas inundações ocorridas no mês de novembro de 2020, que deixaram 300 pessoas desabrigadas.
Além das reparações aos cidadãos atingidos, MPPE e DPPE requisitaram, na mesma ação, a concessão de decisão liminar para obrigar o município a desfazer, de imediato, o aterramento de um açude localizado no bairro Padre Noval, retornando o equipamento ao estado anterior.
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Segundo estudos técnicos conduzidos pela Gerência Ministerial de Engenharia e Arquitetura, a obra inviabilizou a retenção das chuvas e alterou a linha de escoamento natural da água, que foi desviada para dentro do bairro, adentrando as casas situadas na localidade. Essa intervenção, combinada a uma chuva no dia 3 de novembro de 2020, contribuiu para majorar os danos causados pela inundação.